Capa provisória
A aridez da criação, o
ser poético no caminho inverso de si mesmo, e todos os significados que
interceptam, esgotam e sobrepõem-se ao criador, e no paralelo de todas as
contradições, a abundância dos sentidos e percepções. O fio condutor que em
metáforas, direciona o despertar mesmo que na ausência do que faz sentido.
Breu, luz e sombras, na caverna obscura do que se oculta, mas está lá,
espreitando e aguardando o chamamento, mesmo que nos ecos silenciosos da mente
criativa. Um peregrino de si mesmo, que arde até a sua total ebulição e retorna
- fluídico. E usa a alquimia dos elementos (in)existentes para expor com
audácia e irreverência a necessidade de uma nova movimentação, desfaz-se em outro momento, despindo-se das marcadas
doloridas de uma vivência desértica e
quer sorver as docilidades das miragens que o acompanham nessa travessia de
redescobertas de si mesmo: o oásis inatingível . Elos invisíveis. Explosões dos
desejos e nostalgias. Os extremos que levam-nos à descrença e à esperança. Os
mitos e musas. A sede insaciável. A dor que dilacera. O êxtase que leva ao
delírio. A insanidade e a coerência intrínseca. A palavra que transforma-se,
nua, bruta, crua. O poeta que lapida, retém, sorve,transborda. Sem limitações,
tudo é possível na arte da criação. Nos atalhados do lado de dentro, nas inspirações,
iluminações que desfazem o engano envolvido por ecos e medos das amarras que
sufocam a necessidade de ultrapassar todos os limites e em um grito mudo e
sentido, liberta-se de si mesmo e segue faminto na eterna (im)permanência do
processo criativo. A INATINGÍVEL CURVA DA MIRAGEM é essa fonte, que seduz,
perturba, convida e inebria.
Paulo de Carvalho, em
seu terceiro livro, ultrapassa o
intransponível ,na arte da escrita e na lapidação da palavra, com toda a
harmonia dos sons que compõem as palavras e na busca estética das descrições
utilizadas nas imagens figurativas da linguagem.
Em breve, lançamento por ARMAZÉM DE QUIQUILHARIAS E UTOPIAS
DRIKKA INQUIT
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