Em
2012 um livro chegou em minhas mãos com um convite para ser agente literária
daquele autor, um poeta português. A minha caminhada na lusofonia tinha
começado em 2010 e desde 2009, Portugal estava bem próximo, embora eu estivesse
do outro lado do oceano. Achei curioso, mas aceitei o desafio. Outros convites
aconteceram mas, dedicando-me a outros segmentos, recusei e deixei que o tempo
conduzisse para retornar em outra época.
Agora,
chegando ao final de 2017, e com muito mais experiência, sapiência e maturidade
profissional e crítica, resolvi novamente abraçar a ideia de divulgar o
trabalho de autores que tenho admiração, pela obra e pela trajetória de vida, e
principalmente pela escrita bem trabalhada, pesquisada, elaborada, beirando a
arte das palavras, que são manipuladas em um exercício alquímico e envolvente,
muito além do que consideramos como poesia, conto, ou romance. No momento em
que vivemos no setor editorial , não quero vestir o título de agente literária,
até porque acredito que o autor deve ter total autonomia na escolha da editora
e de como conduzir sua obra, fujo um pouco da ditadura e das normas
pré-estabelecidas para exercer na totalidade essa função. Como também tenho o
meu lado extremamente perceptivo e com a experiência de longos anos nesse
mercado, acredito que não sendo parte integrante de uma grande cadeia de
editoras, as chances dos meus autores venderem mais de 3000 exemplares para
entrarem em outros mercados europeus, ficam bem reduzidas, embora nada
impossível, se as ações forem menos utópicas e mais pé ante pé. Prefiro usar a
minha habilidade em caminhar com firmeza e sempre, do que mergulhar em areia
movediça. A In-Finita, assessoria literária, abre as portas para esse novo
momento, contando com o apoio e a confiança dos autores. Agradeço a Emanuel
Lomelino (Portugal), Macvildo Pedro Bonde (África), Patrícia
Porto e Bárbara Lia (Brasil), que de imediato aceitaram caminhar lado a lado.
DRIKKA INQUIT
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