"Humilhação, exclusão e exílio matam. Sentir-se ferida na sua honra
mata. Sentir-se duramente injustiçada, envergonhada - mata. É procurar em vão o
direito perdido de viver no próprio corpo politico, o usurpado. Aos poucos eu
vejo uma luz ainda que turva, ela vem do fundo do meu poço. Vou tateando aqui e
ali num passo lunar de cada vez. Um slow motion de sensações redescobertas,
como quem volta de um longo coma induzido. Este livro é uma celebração à vida
depois da morte."
Patrícia Porto in Cabeça de Antígona
Patrícia Porto, é uma das autoras e sem duvida, ser humano que admiro e tenho imenso carinho não só pela
genialidade em que faz uso das palavras, em uma dança cadenciada, criativa,
única e sempre com pinceladas de sarcasmo, ironia, rebeldia, dor, entusiasmo,
coragem, humor e possui a habilidade extraordinária de estar em cada texto de
forma tão iternsa e particular, que leva o leitor para viagens tão profundas,
que sempre regressa transformado de alguma maneira, seja em uma forma
diferenciada de olhar o mundo ou de perceber-se a si mesmo. Patícia tem esse
dom, de transformar e envolver seja na escrita ou na palavra dita, o universo
daqueles que gravitam ao seu redor, como leitores e ou amigos.
Não pude deixar de registrar e divulgar mais esse momento enriquecedor
para nós , leitores e fãs, com o Lançamento em 18 de outubro em Niteroi, Rio de
Janeiro de mais uma preciosidade que preenche a alma e nos faz despertar para
um outro mundo.
Transcrevo as palavras da Editora Reformatório que sintetisa, em poucas
palavras e com maestria essa obra de arte que está por vir:
"Cabeça de Antígona", de Patricia Porto que, segundo Délcio
Teobaldo na apresentação do livro, "possui o manejo, tem as mãos
adestradas ao ofício, mas chuta as panelas, rasga a nesga da saia a navalha,
aumenta a chama a ponto de incendeio, erra a pitada do tempero. Por isso,
quando me pediu que escrevesse uma orelha para este livro, reagi com ironia:
“Ora, ora, Patrícia... Não te farei apenas a orelha. Te faço escuta”. Sonora
escuta, porque os poemas de “Cabeça de Antígona” como, aliás, toda a poética de
Patrícia Porto é de uma musicalidade que beira ao absurdo. Provoca desvario.
Então, não se surpreendam que, cabocla e maliciosamente, sua Antígona se
assemelhe a uma ribeirinha ancuda terçando um coco, um tambor de Mina, um samba
de roda. Assim ela põe Antígona e Ogum no mesmo terreiro, e no ritmo alucinante
da música! (leiam Patrícia Porto em voz alta, por favor!) "
DRIKKA INQUIT
!!!
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