Entrevista conduzida por Adriana Mayrinck
1 – Em sua biografia você conta que um professor te apresentou aos
versos na aula, e que esse encantamento te faz até hoje correr atrás dos
livros.
Conte-nos um pouco dessa
história.
Foi em mais uma aula da língua portuguesa, tinha tudo para ser
entediante, até que o professor da tal matéria abriu o livro didático, e leu
uns versos que não me lembro como eram, me encantei com aquelas frases rimadas,
então descobri que era poesia, isso foi o impulso que me levou aos livros.
2 – Adorar poesia e ser poeta tem uma grande
diferença.
Como se deu essa descoberta
como Poeta ?
Sempre tive apreço pelas letras das músicas,
ou poesias musicadas, e geralmente elas nos trazem mensagens, e eu como ser
humano que se preocupa com o outro, desejei me comunicar com o outro ser, e me
comunicar é também escrever poesias, nessa forma me fiz poeta.
3- Quem são os poetas que mais
te influenciam, e o que cada um tem de particular para tocar a sua alma?
Eu amo com muita força a poetisa Cora Coralina, ela se eternizou
como uma brava mulher em seus versos, além de estar à frente do seu tempo, e
crescer, viver, e lidar todo o tempo com o fardo das pedras, ela com sua
bravura se inspirava na dureza daquela situação para fazer doces, belas
poesias, nos fazendo esquecer as nossas dores, e delirar com as emoções de
Cora.
4- Wagner, nos seu verso “faça
dos empecilhos que você enfrenta os maiores incentivos”, é uma a mensagem e
também uma tradução da sua luta diária. Como você adapta a criação poética, as
dificuldades de mobilidade?
Sim, pois todas as dificuldades, por mais desafiantes que sejam,
somos nós que damos a elas as suas importâncias, creio que depende muito do
ângulo que as vemos, e como lidamos que definirão as suas existências na nossa
vida.
5- É você quem digita seus
poemas, e mantém atualizado o blog, ou sua mãe, Maria Aciatuã, além de ser sua
voz, braços e pernas nos saraus e apresentações, também te ajuda na criação?
Essa pergunta, creio que paira
bastante nas cucas daqueles que já tiveram contato comigo pessoalmente, e desde
já digo que sim, sou eu que digito, e atualizo o meu blog, (por isso que está
uma bagunça!)
6
– Sua mãe foi a financiadora do seu livro e é a maior incentivadora da sua vida
como autor. Como foi essa trajetória até chegar a publicar Versos da Bela Vida?
Tentarei resumir a resposta, logo que
comecei a escrever criei um blog para manter o meu trabalho ali, e sempre uso
as redes sociais para divulgar esses textos, assim que terminava de escrever,
mostrava a minha mãe, e ela gostava muito, elogiava bastante os meus feitos,
ficava feliz vendo seus olhos brilharem de alegria, e eu fazia o mesmo com a
diretora da escola que estudava, essa também ficou fascinada pelas minhas
produções, e desde então iniciou a persuasão de sua pessoa para publicar um
e-book de poesias que já estava posto no blog. No começo eu a ignorei, já que
devido a minha condição social não achava nada que me impulsionasse a tal ato,
mas a doce insistência dessa mulher, que acreditou em mim, me fez sonhar também
o sonho dela!
Minha mãe conseguiu juntar dinheiro,
já que não tivemos nenhum apoio financeiro, procurei uma editora, e no ano de
2014 publiquei na primeira remessa 50, depois 100 exemplares.
7
– Conte-nos um pouco do livro, como foi a elaboração e escolha dos poemas?
O livro contém poemas muitos
esperançosos, celebrantes, mensagens de autoestima...
Escrevi-o durante muitas madrugadas,
o meu intuito foi atingir positivamente a mim, e consequentemente aos seus
leitores.
8
-Pelo que percebi, você também faz um trabalho social intenso, e levando
incentivo aos jovens. Qual a temática do seu livro e a mensagem de suas palestras?
Imagino que todo aquele que se mete a escrever para o público, tem
que estar perto desse, eu não acho adequado essa palavra PALESTRA, pois o que
faço quando tenho essa chance é ir fofocar, contar a minha história mesmo,
incentivo o questionamento sobre o que contei, e respondo.
A temática que acha nesse livro é uma PALAVRA AMIGA.
9 – Como é a sua rotina de
palestrante, autor e divulgador do seu próprio trabalho? Tem uma hora certa para
se inspirar e escrever?
Naturalmente, quando me convidam para os saraus, palestras, e
eventos literários geralmente, se der para eu ir, ou me buscarem em minha casa
eu aceito.
Sobre o ato de escrever, eu leio muito, assim imagino, e o resto deixo
fluir, têm dias que uso a inspiração, e outros dias eu a forço!
10– Quem é Wagner Martins na
frente do espelho? Como você se define?
O
ser humano que pensa, que surpreende a muitos que julga pela aparência, um
mensageiro de si, um menino sonhando, e realizando seu sonho, se divertindo a
brincar de ser poeta com os leitores, e ouvintes.
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