terça-feira, 15 de agosto de 2017

DEZ PERGUNTAS A... ANAPUENA HAVENA



Entrevista conduzida por Adriana Mayrinck, correspondente de autores brasileiros.

1 - Quem é a Anapuena Havena? Como você se define como autora e como se dá o processo criativo?  

Sou uma autora que apenas deseja difundir o conhecimento e a nossa cultura. Este é o motivo de todos os meus livros terem temática histórica, incluindo o infantil. 

2 - De estudante de medicina para mãe e finalmente escritora, seu sonho de infância. O que te impulsionou para assumir-se autora e publicar o seu primeiro livro? 

A maternidade me apaixonou em todos os aspectos, é meu dom natural. Participar integralmente de todas as etapas do desenvolvimento dos meus filhos é algo que verdadeiramente me completa. Eu não estaria em paz se não tivesse feito esta escolha. E foi por meio da dedicação exclusiva aos meus filhos que resgatei o meu sonho de escrever, um sonho que esteve anos perdido no tempo. Meu filho mais velho queria um novo livro para ler, prontamente escrevi o início de uma história para ele. Ele gostou tanto que me encorajou a transformá-la num livro e assim nasceu O príncipe que não sabia brincar. O lançamento aconteceu na Feira do Livro Infantil de Fortaleza e, claro, todos os meus pequenos estavam ao meu lado. Na ocasião, apresentei o livro aos alunos da escola Walter Marinho e todos os exemplares do lançamento foram doados. Num país que pouco lê, temos que incentivar o hábito da leitura e formar novos leitores.

3 - Conviver com esse universo infantil, com o nascimento dos filhos, foi fator determinante para dar o primeiro passo para a literatura infantil, ou já existia essa ideia anteriormente? 

A minha vivência diária foi determinante. Meus filhos são a minha fonte de inspiração.  

4 - Escrever para crianças e depois passar para romance histórico são caminhos bem diferentes e que exigem uma linguagem diferenciada.  Como você trabalha o tempo de cada um? 

Crianças e histórias são as minhas paixões, então tudo flui muito naturalmente. Tenho o hábito de criar historinhas para os meus filhos e a maioria delas são transformadas em contos.
Assim como tenho como lazer  estudar história. Então é natural que eu transmita ao papel minhas vivências e paixões.

5 -Você mudou o foco ou vai continuar com publicação infantil ? De onde veio a temática e inspiração dos seus livros? 

Bem, eu simplesmente gosto de  escrever e não sou presa a nenhum gênero literário. Minha primeira publicação foi um livro infantil, depois escrevi um romance histórico, em seguida fui selecionada para participar de três antologias poéticas. Enfim, simplesmente escrevo, não importa o gênero. 

6 - Como você processou essa diversidade de temas em um período tão curto, publicando a obra infantil “O príncipe que não sabia brincar” em 2016, depois publicou o romance histórico “Descobrindo a nobreza do amor” em 2017, além de ter participado da antologia poética “Além da Terra, Além do Céu”. E agora o livro “Encantos do Café” também em 2017O que te levou a publicar seu primeiro livro e seguidamente os outros, e um espaço de tempo tão próximo? 

Escrevi os dois primeiros livros no final de 2014, mas o processo de aprovação por editora até a publicação é um processo lento. Acabou que tudo aconteceu de uma só vez!

7 - Falar sobre o ciclo do café, a imigração, em um romance, é uma temática que exige pesquisa e dedicação, o que te conduziu ao tema ?E como será a continuidade dessa obra, dividida em três volumes ?  

Sou uma amante de história e adoro estudar registros históricos. Fico impressionada como nosso país não tem a cultura de preservação de seu passado e como um período tão importante para o desenvolvimento do Brasil é desconhecido pela maioria da população. O livro surgiu dessa minha inquietação. Então decidi escrever o Encantos do café para enfatizar o ciclo do café, com uma linguagem leve para fazê-lo acessível para toda a população brasileira.  
O livro está dividido em três volumes. Haverá uma passagem de tempo, contando a história de três gerações. 

8 - Como foi elaborado o livro“Encantos do café”, um romance histórico, por entre as atividades com os filhos e publicações infantis ?  
 
Escrever cuidando integralmente de três crianças não é fácil, na verdade, é bastante cansativo. Meus dois filhos mais novos possuem alergia alimentar múltipla e precisam de uma série de cuidados. Para escrever, tenho que recorrer às madrugadas. É cansativo, mas não impossível (risos). E agora, graças a Deus, estou colhendo os frutos deste esforço. 

9 - Qual o seu vínculo com Portugal e por que foi o país escolhido para lançar seus livros? 
10 - E no Brasil, o mercado editorial atendeu as suas expectativas? 

Tenho por Portugal um carinho bem especial. Tudo começou quando decidi pesquisar a origem de minha família, chegando a Porto. Então quis conhecer Portugal e foi surpreendente! Os portugueses muito receptivos, a preservação da história e cultura; senti um ar diferente! Aliás, muito da nossa história está lá: o Palácio de Queluz, lugar onde nasceu e morreu nosso imperador D. Pedro I, Palácio Nacional de Mafra, onde vivia D. João VI, na cidade de Porto faleceu nossa imperatriz Teresa Cristina, rumo ao exílio na França, e na igreja da Lapa encontra-se o coração de D. Pedro I (Pedro IV para os portugueses), dentre outras inúmeras ligações existentes entre os dois países.
Fiquei tão encantada, que meu esposo e eu planejamos nos mudar para lá; estamos apenas melhor nos organizando para podermos ir. Então, enquanto organizamos a nossa ida, resolvi enviar o original do livro para uma editora portuguesa, ele foi aprovado e já está sendo comercializado lá.  
Aqui no Brasil, o livro tem previsão de publicação para novembro e espero ter também um retorno positivo.


o nosso agradecimento à autora pela disponibilidade em conceder esta entrevista...

podem saber mais sobre a autora e o livro encantos do café neste link


Sem comentários:

Enviar um comentário

Toca a falar disso