A
poesia nem sempre vem para nos fazer sonhar ou adoçar momentos com palavras
suaves e românticas. A poesia brota do íntimo do poeta como uma enxurrada de signos
que na satisfação ou insatisfação do que se vive, grita nas palavras que marcam
as folhas do papel.
Claudio Portella apresenta-se assim. Despido de adjetivos ou sentidos que possam encobrir suas sombras. Oculta o lado lírico, e mostra a outra face, irônica e, por vezes, de um humor mordaz. Para despertar, incomodar e, sutilmente, agradar.
O autor revela, em cada verso, a sua verdade visceral. O olhar mais intimista, a palavra crua e a realidade de suas experiências.
Paraphoesia
é um livro que incomoda e atrai. E com a sutileza, nem sempre perceptível, o
autor revela sua vertente poética, com dureza e sensibilidade de um universo
cotidiano intensamente concreto e rico de significados.
Convido
o leitor a passear pelas ruelas, becos e esconderijos desse livro, tão
cotidiano, tão real e sensível.
Um
abraço tropical
Adriana Mayrinck
DRIKKA INQUIT
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