A poesia das raízes, da terra
semi-árida, do sertão, do interior, dos sonhos de se ser além do que o destino
reservou. É terra de chão batido, de sol que arde nas entranhas, que pincela de
um colorido especial a vida ingrata e que canta ao vento as maravilhas do amor
e do tempo.
Claranã, de Cida Pedrosa é poesia
tipicamente regionalista e puramente brasileira, aquela que enaltece os muitos
artistas das palavras que, como ela, sangram suas dores e amores, usando o
sentimento real e concreto nas letras que se juntam, tão bem colocadas em
verso.
E é essa claridade, essa luz que ilumina
cada página desse livro tão cuidadosamente construído, o chorar que se
transfigura desaguando nas águas da vida renhida, o cantar que enobrece a alma
sofrida, e as histórias de vida. A referência poética, que também superou as
barreiras da dislexia, desabrocha, despida dos preconceitos da cidade grande,
canta as belezas do seu interior, como poeta e como mulher da terra.
Um trabalho precioso, de métrica e
rimas, que embala e convida a olhar o outro lado da vida, um pouco mais
sofrida, com o que se tem de mais precioso, a fé e a arte da escrita.
Um abraço tropical,
Adriana Mayrinck
DRIKKA INQUIT
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