JOSÉ MANUEL MARTINS PEDRO
(correspondente de autores africanos)
Eu
vou convivendo, cada vez com mais dificuldade, com esta minha incorrigível
mania de misturar poesia com a vida.
Não
obstante esta minha dificuldade vou tentando racionalizar os problemas e
refletir sobre eles.
Assim,
em treino poético, é comum ver, e/ou ouvir – nas redes sociais – as inúmeras
atividades literárias que através de um serviço de qualidade à cultura
lusófona, novos autores se afirmam.
Aqui
faço uma declaração de voto para explicar que – na atual fase da minha vida –
tudo o que diz respeito à Arte da Palavra me torna particularmente sensível e
daí dar o merecido contributo para a sua divulgação.
M.P.Bonde
- Macvildo Pedro Bonde nasceu a 12 de Janeiro de 1980 em Maputo, Moçambique.
Foi
membro do projecto (JOAC) Jovens e Amigos da Cultura entre 2003-2004, com Mbate
Pedro e outros jovens. Aqui, para além de declamarem textos em eventos
culturais, realizados na cidade de Maputo, aprimoraram o seu gosto pela
escrita.
Em
2004 foi convidado para fazer parte do grupo Arrabenta
Xithokozelo (Leo Cote, Uraca Zulima, Salésio Massango e outros) onde animavam
as noites de poesia e música no Modaskavulu do Teatro Avenida.
No
coletivo, fez parte da organização da semana Noémia de Sousa, num espaço de discussão
da poesia e pensamento da autora e de sua influência na literatura moçambicana
entre 2007 a 2010.
Em
2010 foi agraciado com uma medalha e obras de autores moçambicanos, nas
comemorações dos 123 anos da cidade de Maputo, no Jardim Tunduru.
A
sua arte poética possibilitou o encontro com Cucha Carvalheiro e José Rui
Martins, do teatro Acert de Portugal. Sandile Dhikeni, da África do Sul, no
Teatro Avenida.
Apresentou,
com Flávio Chongola, no Centro Cultural Brasil-Moçambique, um artigo sobre a
estética de José Craveirinha e sua influência na poesia moçambicana.
Tem
textos publicados na coletânea Arqueologia da Palavra, e em revistas
eletrónicas.
Em
2017 lança a sua primeira obra literária com o título “Ensaios Poéticos“ pela
Editora Cavalo do Mar.
M. P. Bonde
revela na sua escrita a influência de muitas leituras e dos grandes mestres da
literatura. Ao lê-lo, várias vozes bem conhecidas da literatura moçambicana e
universal, ressoam aos nossos ouvidos, num eterno diálogo intertextual.
Segundo
Fernanda Angius, percorrendo as páginas de “Ensaios Poéticos”, chega-nos uma
mensagem nostálgica da infância perdida, ou de um sonho adiado: “Pode ser que
ao anoitecer as gaivotas se cansem da faina e partam para a nossa Ítaca do
índico e, como elas, seguirei o rasto salgado do cardume aprisionado no
sonho”.
Estamos
diante de um poeta que se interroga e nos interroga. Mas Bonde não segue o seu
caminho, desalentado e solitário; ele dirige um apelo à sua geração para que os
sonhos se reacendam e o futuro possa acontecer.
José
Manuel Martins Pedro
(correspondente de autores africanos)
Lisboa,
23 de Junho de 2017
Parabéns e boa sorte nessa caminhada, agregando cada vez mais os poetas e escritores lusófonos da nossa querida irmã África,tão cheia de sabores, cores...e dores! Um abraço
ResponderEliminarBelo resumo (adorei a parte "dirige um apelo à sua geração para que os sonhos se reacendam e o futuro possa acontecer."). Abraço!
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