Lembro-me que em 2013, aquando do lançamento do meu
livro POETAS QUE SOU, justifiquei a elaboração daquele trabalho com o facto de
considerar-me um cidadão português mas autor lusófono. Desde essa altura a
minha perspectiva tem-se confirmado correcta e têm sido muitas as
circunstâncias que dão o cunho de verdade a esse epíteto.
Uma das mais recentes aconteceu este ano com o convite
para a minha participação na antologia ENTRE O SAMBA, O FADO E A POESIA,
comemorativa do II Encontro de Poetas da Língua Portuguesa que se realizou em
cinco etapas: as duas primeiras no Brasil (Rio de Janeiro e Niterói), duas em
Lisboa (uma co-organizada entre mim e o poeta e amigo Alexandre Carvalho, na
Livraria Desassossego, e a outra co-organizada pelos poetas José Manuel Martins
Pedro e João Bernardino, num restaurante da Portela), e a mais recente foi em
Outubro, na cidade suiça de Genebra, conduzida pela mentora deste projecto:
Mariza Sorriso.
Desde o primeiro momento, em finais de 2013, quando a
poetisa Mariza Sorriso revelou a sua intenção de iniciar este projecto
cultural, tem-se observado um interesse crescente por parte dos autores
lusófonos. O que começou quase como um projecto luso-brasileiro depressa se foi
transformando em algo mais abrangente e, este ano, alargou-se o leque de países
representados. É minha convicção que, em 2016, esse número vai aumentar e que a
iniciativa tem bases seguras para se afirmar como um dos eventos mais esperados
pelos autores de língua portuguesa.
Feito o balanço e perante o sucesso já alcançado, com
a adesão e o interesse revelado por vários autores dos países lusófonos,
encetaram-se os primeiros contactos com vista à realização do III Encontro de
Poetas de Língua Portuguesa, que em 2016 terá Lisboa como anfitriã.
E se mais razões não existissem deixo-vos uma de peso:
Se atentarmos ao facto da língua portuguesa ser falada
por mais de 270 milhões de pessoas, não faz sentido ficarmos limitados ao espaço
geográfico dos nossos países de origem. O universo lusófono é imenso e, apesar
dos atropelos que nos querem obrigar a cometer, é em português que todo este
universo se entende. As potencialidades que a língua portuguesa encerra
abrem-nos as portas do mundo actual e só quem se restringe ao óbvio não entende
o quanto temos a ganhar com a união cultural dos países lusófonos.
Felizmente existem pessoas com a visão certa e o
empenho necessário para levar a bom porto iniciativas conjuntas com o simples propósito
de valorizar o património comum: a língua portuguesa.
MANU DIXIT
Felizmente mesmo...
ResponderEliminarAbraço
:)
Grato pela visita. Abraço.
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