Na sequência do meu artigo anterior, quero falar-vos
de uma autora que é para mim uma referência importante e cujo mais recente
trabalho, CADERNO DE SIGNIFICADOS, teve a sua sessão de lançamento no passado
sábado, dia 30 de Março, na Sociedade Guilherme Cossoul de Campolide.
Graça Pires é um daqueles nomes que, tal como referiu
Maria João Cantinho na sua análise ao livro apresentado, não tem a exposição
merecida devido à forma discreta como se movimenta no meio literário. Tanto a
obra, quinze trabalhos publicados, como a dezena de prémios recebidos, são
sinónimos da qualidade da sua poesia.
Tal como referi no meu texto anterior, existem autores
que fazem trajectos paralelos aos consagrados mas que nem por isso deixam de
ser uma referência importante para os seus contemporâneos. O caso de Graça
Pires é sintomático e a prova do que digo está nos nomes que marcaram presença
nesta sessão de lançamento. Pessoas como Inês Ramos, Gisela Ramos Rosa, Victor
Oliveira Mateus, Maria Teresa Dias Furtado, entre muitos outros autores, não
deixaram passar a oportunidade de homenagear esta enorme poeta dos nossos dias.
Sem entrar em análises aprofundadas sobre a escrita de
Graça Pires, limitar-me-ei a dizer que um dos grandes predicados desta autora
reside na forma simples como nos transmite os seus pensamentos, ou como disse a
própria, e passo a citar: "Eu escrevo de modo que o maior número de
pessoas me consiga entender" - fim de citação.
Este seu jeito simples também está bem vincado na
forma como interage com os seus leitores e confessos admiradores. Não fazendo
distinção entre poetas, mais ou menos consagrados, e os restantes, nem se
furtou à troca de palavras com nenhum dos que, pacientemente, esperavam a sua
vez pelo tão desejado autógrafo.
Como disse anteriormente, Graça Pires é para mim uma
referência e por essa razão lhe dedico um poema, no meu recém-editado POETAS
QUE SOU. E esse facto, para grande orgulho deste vosso amigo, foi mencionado pela autora ao revelar-me que, em
conversa com o poeta Victor Oliveira Mateus, outra das minhas referências,
abordaram esse meu trabalho e respectivos poemas. No fim da nossa pequena mas
gratificante troca de impressões, Graça Pires dirigindo-se a um dos presentes,
apontou para mim dizendo, e volto a citar: "Nunca pensei que tivesse um
grupo de admiradores tão dedicado" - fim de citação.
Mais palavras
para quê? Grandes pessoas têm grandes gestos.
MANU DIXIT
Mas onde é que estão estes livros à venda???
ResponderEliminarHoje perguntei numa Fnac. Nada! Não conhecem. Nunca ouviram falar! Ontem, perguntei numa Bertrand. Nada! Nunca ouviram falar! Também já vasculhei uma Bulhosa. Nada! Talvez na Pó dos Livros durante uns 15 dias esteja algum visível...
Hei-de lá ir.
Se calhar são mesmo publicações só para amigos e pronto!
Liberto Teles da Silva
Por causa deste comentário fui ao site das livrarias que referiu e em duas delas estão as obras da Graça Pires. Em todo o caso fico contente por ser considerado amigo da autora apesar de só ter estado duas vezes na sua companhia.
EliminarMeu caro amigo, muito obrigada pelas palavras carinhosas que diz a meu respeito. Já tenho o seu livro porque o pedi à Lua de Marfim. Gostei muito do poema com o meu nome, que li em primeiro lugar...
ResponderEliminarAndo a lê-lo calmamente e dou-lhe os parabéns por encontrar para cada um dos poetas as palavras que os definem.
Um abraço.
Graça Pires!
EliminarÉ uma honra para mim contar com a sua presença neste meu espaço e saber que a minha poesia é lida por si. Não estarei a cometer nenhuma inconfidência ao dizer que a considero uma das grandes poetisas do nosso tempo e admiro muito o que escreve. E essa admiração, como lhe disse nas duas ocasiões em que falámos, já tem alguns anos.
Obrigado pela sua visita e generosidade.
Beijo.