LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Naqueles momentos sagrados que passava diante da grande cruz, com os olhos fechados e o espírito a ser transportado por dimensões superiores, Antão era visitado pelos mais importantes episódios da História de Portugal, como se tivesse estado lá presente. Os odores, as cores, as formas, as personagens mais marcantes da pátria invadiam-lhe a alma como vagas de um oceano alteroso que o erguessem violentamente na direção dos céus. Chamava saudades aos sentimentos violentos, mas simultaneamente doces, provocados pela ausência dos entes queridos e das formas concretas da sua terra natal, cada vez mais mitificada no seu espírito. «Como podes ser doce, ó mar salgado?», interrogava-se fascinado com o paradoxo.
EM - O PRINCÍPIO DO MUNDO - JORGE CHICHORRO RODRIGUES - IN-FINITA
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