quinta-feira, 4 de abril de 2024

Balneário ao rubro (excerto 1) - Luís Vasconcelos

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Recordo também outras situações igualmente constrangedoras, passadas na escola secundária que frequentava. Cada vez que eu tinha Educação Física era um dia de uma enorme tensão, angústia e ansiedade. Tinha de entrar no balneário dos rapazes, para vestir o equipamento de ginástica, e depois, no final da aula, tomar banho.
Havia sempre alguém que fazia um comentário depreciativo e insultuoso.
Certo dia um aluno que tinha fama de mauzão, de tal forma que até os professores ameaçava, impunemente, pegou em mim, já dentro do balneário, levou-me ao encarregado e disse-lhe: “Apanhei esta rapariga no nosso balneário, levem-na para o das gajas. Comigo aqui não entra mais! Você está aí para quê? Não lhe pagam para controlar quem entra nesta espelunca?”. Olhei para o encarregado à espera de uma atitude qualquer. Mas encolheu os ombros.

EM - COMEÇAR DE NOVO - LUÍS VASCONCELOS - IN-FINITA

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