LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Era um menino como outro qualquer. Passava horas a fio tecendo a vida junto ao lúdico. Alguns pequenos momentos na escola eram motivos para que sorrisse. Aquele sorriso meio sem saber sorrir-se, fruto de uma grande amargura, herança dos pais. O pai, lavrador, há muito deixara o trabalho da enxada, pois deram de aparecer ultimamente umas grandes dores nas juntas, sobretudo nas mãos. Suas mãos acabaram deformadas e doloridas. Assim, fora ficando sem condições de lutar sol a sol – e que sol! – pela família.
A mãe cuidava dos cinco filhos, não mais com a esperança que nutria outrora de uma vida melhor. Hoje, cansada, empurrava-os para o mundo como podia. Vez por outra, fazia um trabalho doméstico o que lhe rendia comida para as crianças ou alguns trocados. Os meninos vendiam o que podiam ou mesmo eram pedintes esperando a caridade de alguma alma ou esperando serem enxotados como desvalidos em qualquer semáforo, já, da pequena cidade.
EM - OS DOZE CONTOS DE SOLIDÃO - DANIELE BARBOSA BEZERRA - IN-FINITA
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