Diário do absurdo e aleatório
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Refletir na vida possibilita-nos ordenar as informações, que adquirimos de forma aleatória (uma aqui, outra acolá, uma mais adiante, outra bem mais tarde), e dar-lhes uma concretude que, de outro modo, seria difícil atingir.
Este processo de revelação faz-nos alcançar um outro nível de entendimento, tanto das coisas complexas como das irrelevantes.
Peguemos como exemplo o epiteto “Idiota”. Ao longo da vida, em circunstâncias diversas, conhecemos personagens a quem a adjectivação serve na perfeição, contudo, com significâncias distintas.
Analisando
a fundo a questão, chegamos à seguinte epifania: existem cinco tipos de
idiotas.
1
– O tolo – aquele que tem um défice cognitivo e as sociedades reconhecem como
louco.
2
– O burro – aquele que é ignorante por natureza e tem dificuldade de aprendizagem.
3
– O néscio – aquele que sofre de excesso de pureza, comummente apelidado de
ingénuo.
4
– O bobo – aquele que entretém os outros, usando com inteligência as características
dos anteriores para efeitos de comédia.
5 – O maquiavélico – aquele que usa as fraquezas alheias, de forma perversa, para proveito próprio e prejuízo dos demais.
EMANUEL LOMELINO
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