LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Nesse ano, sonhava com a presença do pai na festa até à hora da chegada do Papai Noel. Todos os anos, quando o garoto tinha a presença de um, não tinha a do outro; pois seu pai ficava na festa até certa hora, quando trocava presentes; depois fugia para os braços ninguém sabe de quem, onde certamente a comemoração seria, para ele, mais interessante. A mãe já não mais se importava, ou pelo menos fingia e mal, pois se embriagava até cair. Os mesmos convidados saíam à francesa, enquanto o mesmo amigo íntimo de todos os anos se aproveitava dela, para depois colocá-la para dormir.
A criança da casa assistia a tudo isso, enquanto algumas poucas pessoas condoídas com a tristeza e o silêncio do menino sentavam com o garoto para ver o que ele havia ganhado. Era tanto brinquedo, tanto treco, que ele não dava conta de retirá-los dos seus respectivos embrulhos. O menino ficava com os convidados até que fossem embora. Após a partida de todos, deitava junto à árvore, acreditando que o pai voltaria nesta noite.
EM - OS DOZE CONTOS DE SOLIDÃO - DANIELE BARBOSA BEZERRA - IN-FINITA
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