Diário do absurdo e aleatório
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O maior inimigo de quem escreve é o ócio; aquilo que alguns chamam como falta de inspiração, mas eu prefiro apelidar de preguiça criativa.
Aqueles que se dedicam, de alma e coração, à escrita, desenvolvem técnicas e hábitos que deixam a mente sempre pronta para desenvolver um texto.
Aqueles que consagram o acto de escrever, fazem uso de diversos exercícios que fortalecem a espontaneidade de ordenar palavras, com desenvoltura e em qualquer circunstância.
Aqueles que, de forma regular, dão vida e utilidade aos seus raciocínios, sabem que anotar os pensamentos ajuda a criar memória e fluência na criação.
Aqueles que doam o seu tempo às palavras, sabem que nem tudo o que se escreve tem valor para ser público, mas não ignoram a importância dos textos deficitários no desenvolvimento criativo.
Aqueles que souberam criar hábitos regulares de escrita, treinaram a mente, exercitaram géneros e conceitos, guardaram rascunhos e textos medíocres, nunca são acometidos pela preguiça criativa, bem pelo contrário, até escrevem sobre o “nada” da mesma forma fluída como fazem quando escrevem sobre “tudo”.
EMANUEL LOMELINO
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