Diário do absurdo e aleatório
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A vós, escritores consagrados pelos pensamentos imortais que nos legaram, expresso o meu lamento pelo desleixo daqueles que hoje descredibilizam o raciocínio.
A vós, desafortunados autores com letra maiúscula, declaro o meu desconforto pelo narcisismo daqueles que agora tentam dourar os seus nomes com a fama imediatista, apesar de não passarem de escrivães desalfabetizados e sem noção.
A vós, excelsos literatos que vivestes somente em miséria, manifesto o meu desencanto pelo pedantismo daqueles que vos parafraseiam erradamente para justificar os seus equívocos.
A vós, humildes redatores de sabedoria ancestral, exponho a minha incredulidade pelo enciclopédico desaforo daqueles que nada mais escrevem do que ondas de incoerência e marés de pensamento algum.
EMANUEL LOMELINO
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