LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Existe um lugar – e está lá até hoje – onde, em abril, o sol nasce e descansa redondo. Fiquei 305 dias conversando com o primeiro deus do sistema solar. Acordava antes de ele surgir e me recolhia quando ele se recostava. Um namoro contemplativo onde despia os pés e as mãos. Pedia ajuda à terra-mãe-de-sempre e de todos. Orava aos ventos e pedia auxílio para a madrinha enluarada. Abri a alma em preces silenciosas aos naturais. Recorri aos meus apetrechos e amuletos fortes. Toquei a terra, a água e o ar. Pousei mansamente a mão nas árvores senhoras de Yvyporã 4. Plantei sementes. E contemplei o sol em seu percurso.
Um final de manhã, o vento começara a soprar do nada. O dia estava parado e ameno. Uma primavera em agosto. De repente, o vento sul assoviou e soprou forte, levantando tudo. Folhas, coisas. Sacos, gramas… tudo voava. E, então, o sol se fez presente de uma forma avermelhada suprema que não havia sido vista ainda, calmo, redondo, vermelho, grande, majestoso. E quando o sol se foi, o vento encerrou sua jornada. Já fora dado o aviso.
EM - PEABIRU - CARLOS DOMINGUEZ - IN-FINITA
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