LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Era em Kreyol que Lorena e as demais religiosas brasileiras comunicavam. O português tornou-se uma língua secundária no dia a dia das freiras que deixaram o Rio Grande do Sul rumo a uma missão nada simples, mas recompensada pelo esforço, nem sempre acolhedora na alma. Até mesmo em momentos de reflexão, era na língua do povo por elas adotado que as religiosas comunicavam. Seja nas orações solitárias, seja nas preces em grupo. O “Pai nosso que estais no céu”, na nova versão eleita pelas brasileiras, ficou “Papa nou ki nan siyél La”. A adaptação à nova realidade, contudo, não foi nem um pouco fácil para nenhuma delas.
Ao chegar ao Haiti, em diferentes períodos, as freiras precisaram ser completamente alfabetizadas. O Kreyol em nada se assemelha ao português. Eu sabia bem dos obstáculos da língua, já que tive aulas de Kreyol na preparação para chegar ao Haiti. No meu caso, a dificuldade de aprendizado pode ter sido agravada pelo horário.
“Vamos começar bem cedo a aula. Esperamos você às 8 horas”, disse-me Adorema, quando iniciou minha preparação durante as suas férias, em Santa Maria, ainda em meados de 2007.
“Vai ter café pronto. Pode trazer o pão”, completou.
“Claro. Estarei lá”.
EM - A CRUZ HAITIANA - IARA LEMOS - IN-FINITA
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