sábado, 5 de novembro de 2022

Madre de Deus (excerto 1) - ARIDAN GRAVE MACHADO

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Uma jovem senhora atualmente tornou-se uma dama opulenta, outrora as suas árvores ofereciam sombras aprazíveis que amparavam seus filhos quando cansados. Esses sentavam-se para descansar das exaustões trabalhistas, e papear também. Às vezes tiravam uma perereca sem medo de ser feliz. O dia brilhava, o céu azul, as folhas dançavam ao som da lira. Era o vento saudável, ar puro.
Geograficamente, uma ilha aprazível. Os animais domésticos desfilavam e bailavam nas ruas, o espaço era deles também. Até o boi botava as crianças para correrem. As poucas ruas eram de barro, somente uma de maior extensão era calçada de pedras.
Apesar da pobreza, as pessoas eram felizes, lógico que havia contratempo. Seus moradores sobreviviam da pesca, dos trabalhos artesanais ou artísticos, antes era considerado artes; o pedreiro, o coveiro, o ferreiro, o canoeiro, o barqueiro, o carregador de água. As mulheres, muitas mariscavam, costuravam rendas, tricô, arte culinária, costurava na máquina de pedal, entre outras. Época de festa matava-se um porco, pois era cria também dos pobres. Não se comia nada congelado, pois até o mais avantajado não possuía geladeira.
As crianças brincavam de gude, corda, bola, maria cadeira, inventavam se fantasiar de índio com a folha da bananeira, ouviam estórias contadas pelos mais velhos, iam tomar banho na maré, hoje, banho de mar. A língua é uma eterna evolução. As brincadeiras eram depois do retorno escolar, quem estudava, pois estudar naquela época, bem poucos curtiam esse privilégio. Aos sábados e domingos era sagrado ir para estudos do catecismo em prol da primeira comunhão e seguir participando da Cruzada Eucarística.

EM - SOMBRAS - TEMPOS DE ESCURIDÃO. TEMPOS DE LUZ - COLETÂNEA - IN-FINITA

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