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Os fagotes, os “tubular bells” – restos de uma antiga civilização de órgãos eclesiásticos – sacodem-se como répteis serpenteando. As tatuagens são equimoses, cenas Bíblicas de tempos motards, eclusas de um alçapão que se esvai em ralo hidrográfico. Diabos e feiticeiros juntam-se aos andarilhos. Hollywood terminou. Venceu o cansaço. O mundo é ciência e os desertos estão cobertos de painéis solares enferrujados, que já nenhuma cidade usa. A recordação do tempo é apenas distância. Cilada!
O livro dos sismos, os símios encarnados encarnando tubarões pretos, são a roleta que esmaga a vaidade. Todos os prazos acabaram, por esgotamento, mesmo depois de prorrogados e dilatados. Resta-nos a hora em que o nosso relógio (biológico) parou. Como açúcar polvilhado em cima das estrelas.
Trombetas, que também são instrumentos de sopro anunciaram que o criminoso fugiu Como é costume os criminosos fogem para “parte incerta”, neste caso uma montanha num parque de reserva natural ou um “resort” de luxo num paraíso fiscal. A fuga, dos criminosos, não são uma acusação, são apenas uma declaração de distração. Fujo para não ser incomodado… é como pendurar na porta do quarto do hotel “do not disturb”. Estou apenas a preparar os barbitúricos e a meter na veia. Na versão dos espectadores
a receber “poeira nos olhos”.
Os cadáveres que costumam aparecer no chão, ou trazidos pela maré são varridos para os necrotérios, sem que se volte a pensar muito nisso. É trabalho. Tal como o viver num Lar para idosos é uma preparação aeróbica e espiritual para o sumiço. Depois, vai-se a ver…e aquela senhora entrevada, que não se levantava para nada, desapareceu. Foi chamada pelo… (preencher de acordo com a certeza)
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