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Meu pai era, cada vez mais, como que um estranho no meio de todo aquele jogo de interesses que continuavam a passar-me completamente ao lado.
Bem, meu bom amigo, foi assim, apanhada neste mundo de hipocrisia, mentiras, traições e chantagens, as quais eu ignorava por completo, que atingi os meus dezoito anos.
Meu pai, talvez temendo que a morte o apanhasse desprevenido, decidiu dar uma grande festa para comemorar a minha maioridade. Não tenho a certeza disto, mas desconfio que o que ele queria festejar, era a sua esperança que ao atingir a maioridade eu percebesse tudo quanto me rodeava e me acautelasse quanto ao que o futuro tinha reservado para mim. Se foi essa a sua intenção, então tenho de confessar que o desiludi, de tão enganada que eu andava quanto ao que pensava ser todo aquele estado de felicidade que me rodeava.
Sabes amigo, mais uma vez, me fica a dúvida de quem terá sido a ideia de organizar tão badalada festa, de meu pai ou de minha mãe, que, posso afirmá-lo com toda a segurança, já andava mesmo amantizada, com o tal Dr. Meireles. Não a condeno por já não amar meu pai, se é que alguma vez o amou de verdade, mas condeno-a, isso sim, por não o saber respeitar, nem a ele, nem a mim.
Foi assim que cheguei ao dia em que festejava os dezoito anos, pretexto ideal para se organizar uma das festas, de aniversário, mais faladas em todas as redondezas. Não me restam grandes dúvidas, aliás, não me restam dúvidas algumas, tudo não passou de mais uma grande jogada de minha avó, de certeza em conluio com minha mãe, que não teve pudor algum em convidar o amante, algo que me deixou à beira de um ataque de nervos, que só não teve maiores repercussões porque meu pai me disse que iria esclarecer tudo, assim que ficássemos só em família.
EM - DIÁRIO DE MEL - FRANCIS RAPOSO FERREIRA - IN-FINITA
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