segunda-feira, 7 de junho de 2021

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES ATLÂNTICAS... ARNALDO TEIXEIRA SANTOS

Agradecemos ao autor ARNALDO TEIXEIRA SANTOS pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - O que entrega de si, enquanto pessoa, na hora de escrever?

Entrego todo o gosto pela poesia, a minha dedicação, empenho, com todo o respeito por quem lé os meus poemas, tentando eu fazer sempre mais e melhor.

2 - Criar textos é uma necessidade ou um passatempo?

Acima de tudo é uma necessidade cultural, colocando em poemas o que sinto para cada um deles e a mensagem positiva que sempre quero transmitir a quem os ler

3 - O que é mais importante na escrita, a espontaneidade ou o cuidado linguístico?

Julgo que o cuidado linguístico, pois um autor deve ter o máximo cuidado no que escreve, porque está a fazer um serviço público (quem publica, claro) e isso é uma grande responsabilidade para quem escreve. Mas, a espontaneidade também tem a sua importância e a inspiração do momento, também.

4 - Em que género literário se sente mais confortável e porquê?

Sinto-me mais confortável na poesia. Porquê? Porque penso não ter jeito no género literário prosa, pois acho ser mais difícil para mim, fazer um romance, um conto, por exemplo, embora eu escreva em jornais regionais, mas não é a mesma coisa. O grande António Lobo Antunes diz que o mais difícil é escrever Poesia, o que eu respeito muito, mas para mim próprio, com o devido respeito, acho o contrário, daí haver, por exemplo, tantos poetas e poetisas em Portugal e muito menos prosadores.

5 - Que mensagens existem naquilo que escreve?

Nos poemas que eu faço, existem quase sempre mensagens, alertando, basicamente, para os problemas das pessoas, como os sociais, ambientais, de cidadania, tentando alertá-las para seu bem, sobre a solidariedade entre elas, união, consciência social, pois assim, haverá mudanças positivas. Isto, não é utopia, mas sim cultura de cidadania. Um poeta tem a grande responsabilidade de, em vez de escrever sobre assuntos banais, alertar a quem os lê, porque não sendo os autores, não vejo quase mais ninguém que o faça.

6 - Quais as suas referências literárias?

As minhas referências literárias (quando me fazem essa pergunta respondo sempre da mesma maneira), são especialmente: Luís Vaz de Camões, Manuel Maria Barbosa Du Bocage, Florbela Espanca, Antero de Quental, Cesário Verde, Camilo Pessanha.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de obras e autores?

Acredito ser essencial que quem organiza e edita obras, não deva colocar, acima de tudo, o dinheiro que ganha com os autores, consequente venda dos livros em que eles participam, mas que devam pensar que os autores, possam ter dificuldades monetárias, não só para participarem em todos os livros colectivos que pretendiam, mas nomeadamente em livros a solo que custam caríssimo, quase proibitivos. Já bastava o alto preço do IVA para s livros, encarecendo-os, mas para complicar mais e muito, temos o preço que muitos organizadores e editores de livros praticam! Assim, como pode a Literatura, Cultura aumentar e melhorar em Portugal?!

8 - O que concretizou e o que ainda quer alcançar no universo da escrita?

No universo da escrita (estou a referir-me à poesia), com imenso prazer concretizei, até ao momento, ser co-autor de 77 colectâneas e antologias colectivas desde Novembro de 2012. O que ainda quero alcançar, sendo o meu maior sonho literário, é editar um livro a solo (a minha idade vai passando!) e só ainda não o tenho (embora tenho editados em livro colectivos 256 poemas), porque fica caríssimo, pois não quero edição de autor, porque somente algumas pessoas terão conhecimento dele!

9 - Porque participa em trabalhos colectivos?

Participo em trabalhos colectivos, pelo que na anterior resposta refiro, mas quero frisar, mesmo que venha a editar livro a solo, continuarei,  enquanto tiver vida e saúde, a participar em livros colectivos, pois também têm a sua importância na literatura.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

A pergunta que eu gostaria me fizessem – e a todos autores – é os organizadores e editores de livros perguntassem: “Porque não editam livros a solo muitos autores? Se têm algum problema para que se concretize”.

Eu, responderia: ”O preço do livros é proibitivo, infeliz e lamentavelmente!  Seria muito bom que os organizadores e editores de livros ganhassem menos dinheiro em cada livro, mas, em contrapartida, teriam muito mais autores a participar e, assim, até ganhariam mais autores e respectivo dinheiro. Até na Literatura, não deve haver aproveitamentos e ganância!!!  Como refiro, só assim haverá mais e melhor Literatura e Cultura!”.

1 comentário:

  1. Muito obrigado pelo que fazem pelos autores portugueses e brasileiros. Bem-hajam.

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Toca a falar disso