QUOTIDIANOS
O espaço da poesia.
Primeiro.
De desejo e vontade.
Quere-o o poeta.
De sangue o olhar.
Poema ingrato.
Fronteiras vazias.
Anonimato absoluto.
Apagado. Sem vestígios.
Quotidianos devorados.
Longe a pulsação.
Felicidade. Êxitos. Êxtases.
Vulneráveis. Com tempo.
Grades. Em xadrez.
Aprisionando unidades.
Impolutas.
Obliterando existências.
Universos.
Em cárcere.
Secos. Os versos.
Que acontecem.
Circulatórios.
Frio, silêncio, escuridão.
Porquê?
É isso.
A destruição da criação.
Jorge Gaspar
(JG – Março 2020)
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