LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Uma vez encontrado o início dos limites, Miguel estava indeciso se deveria seguir para nascente, descendo o rio, ou para poente, seguindo a ribeira das Andorinheiras. Decidiu descer ao longo do rio, que resultou da junção das ribeiras, passando a ter o nome de Rio Ciadouro, mas mais nomeado de Rio Asturães. Olhando atentamente, para perceber onde estava, viu que a margem direita era morfologicamente diferente da esquerda, indicando imediatamente que seria o rio a linha divisória.
Mas de repente a situação inverteu-se: agora a margem direita era plana e verdejante e a esquerda tornou-se montanhosa. Facilmente se concluía que a linha divisória de aí em diante, não seria o rio. Se aí colocássemos um marco seria o marco de Bouvim.
Cansado da caminhada, Miguel subiu até um pequeno morro, onde uma formação rochosa parecia um Castelo. Aí se sentou, mas rápido se levantou quando, daquele ponto, avistou a beleza e diversidade de cores. Não teve dúvidas: podia colocar aí um marco divisório.
Miguel estava a estranhar a ausência da Poesia e nem de propósito ela aí estava. Perguntou ao Miguel se tudo estava conforme imaginou, e disse-lhe: Daqui até encontrares de novo o rio, possivelmente, não me verás. No entanto quero deixar-te uma indicação que podes ou não, utilizar:
Da amieira com paisagem
Até à fonte de frem
De cerquidelo passagem
E das lebres também
Na cabana a gente sente
A presença de casa nova
A eira de cima não mente
O marco de pedra é a prova
Destes campos de milho
Desprimorar ninguém ousa
Se seguires o trilho
Estás no Portelo da Lousa
EM - MIGUEL, NO EXTREMO DA ESTREMA - ERNESTO FERREIRA - IN-FINITA
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