Agradecemos ao autor TOM KBÉLO a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1
- Como se define enquanto autor e pessoa?
Um
romântico, entusiasta da vida e da felicidade espontânea, buscando a alegria de
viver no cotidiano, sendo ator das mudanças que quero para minha vida de
maneira eficaz. Acredito que toda forma de arte é parte de nossa alma, o que
transborda transforma-se nas mais diversas expressões artísticas. Busco levar e
incentivar cultura por todos os meios, pois acredito que a vivência cultural
torna as pessoas mais sensíveis e empáticas. A oportunidade artística deve ser
levada a todos, de modo democrático, e minha luta de vida é essa.
2
- O que escreve é inspiração ou transpiração?
Tem
50% de cada um. Sem inspiração não consigo fazer nada. Por outro lado, a cada
minuto, o mundo traz diversas
inspirações, e a transpiração deve fazer com que essa inspiração seja traduzida
de maneira que minha linguagem seja bem compreendida e ganhe qualidade.
3
- O que pretende transmitir com a sua escrita?
Um
prisma diferente do mundo, em que as relações humanas possam crescer e ser
salutares no campo do amor, da amizade, dos estudos, do trabalho e a relação
com seu meio ambiente, urbano e selvagem, de forma a tratar o respeito como
fundamento essencial para nosso desenvolvimento pleno.
4
- Por que escreve poesia?
É
como respirar. Escrevo porque é natural fazer isso, quando menos espero os
versos me transformam em canal para transmitir a poesia do mundo em poemas. Esse
é meu modo de dialogar com minhas inquietações, sendo elas ruins, boas ou
simplesmente reflexivas. Acredito que a poesia está em toda parte, nas mais
diferentes expressões, e eu a traduzo na forma escrita e na minha dança, uma
celebração da vida.
5
- O que costuma fazer para promover a sua escrita?
No
início, período de primeira escola, minhas leitoras eram as professoras; com o
passar dos anos, meus leitores eram meus amigos de sala de aula. Chegando na
adolescência, comecei a frequentar saraus, por influência de amigos que faziam
o curso pré-vestibular comunitário. Ali foi um divisor de águas, participei de
um grupo de estudos na extinta ACCS (Associação Casa de Cultura Sapopemba
2007-2008) com poemas de autores que iam de camões a Fernando Pessoa,
Baudelaire a William Blake, Lorca, Lemisnky, Alvares de Azevedo, Augusto dos anjos.
Nele apresentávamos também nossos próprios poemas e comecei a participar de
saraus. Em 2016, criei uma página no Facebook para divulgar meus poemas e
crônicas. Ainda apresento meu trabalho em saraus e estou escrevendo um livro de
poemas.
6
- Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?
São
ferramentas que ampliaram a divulgação e o acesso aos meus trabalhos na área de
cultura e educação, já que trabalho com produção de eventos. Possibilitaram contatos que seriam
impensáveis, cursos e leituras que me enriqueceram não só como poeta, mas como
ser humano. Acredito na importância e na conscientização do uso dessas
importantes plataformas.
7
- O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?
A
participação de quem acredita no projeto, começando pelo próprio poeta. A
internet, por exemplo, possibilita diversas formas divulgação, e tanto o autor
como os demais envolvidos com cada obra podem utilizá-la para esse fim, com
comprometimento. Isso potencializa todo trabalho desenvolvido e encurta etapas
para o êxito.
8
- O que ambiciona como autor?
Viver
a arte que habita em mim no momento, jogando ao exterior o que me transborda,
de forma a me entender como pessoa e poeta posteriormente, interagindo com os
mais diversos gêneros e obras literárias; ser um incentivo para várias pessoas
com um histórico de vida longe do mundo das letras, trazendo cada vez mais
autores e leitores, mostrando que se pode ouvir e ser ouvido por meio da
palavra escrita.
9
- Livro físico ou e-book? Porquê?
Os
dois têm espaço. Não acredito que haja substituição, creio que o e-book veio para
somar em tempos em que a rotina se acelera. Penso ser importante disponibilizar
o livro nos dois formatos, destacando a importância do livro físico, que é a
obra sacramentada, um marco importante para o artista, e também a importância do
e-book, que pode facilitar o acesso dos escritos a todos, independente de
localidade ou classe social, transpondo barreiras antes nunca sonhadas.
10
- Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
A
pergunta que eu gostaria que me fizessem é: Como é possível expandir o número
de leitores?
Como
trabalho em núcleos com potenciais artísticos gigantescos, mas sem equipamentos
culturais, diria: investimentos - governamentais e privados - em produção de
arte, dando espaço para a população periférica, atraindo milhões de pessoas que
tem muito a dizer e muito a apreciar; e para isso não é necessário apenas muito
dinheiro, mas organização, atitude e dedicação.
Acompanhem, curtam e divulguem este e outros autores através deste link
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