Agradecemos à autora CELESTE OLIVEIRA a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define enquanto autora
e pessoa?
Considero-me uma pessoa simples.
Gosto de abordar cada dia com otimismo e sou bastante sensível perante
injustiças sociais.
A edição do meu livro “Cores de
Poesia”, em 2017, ditou-me a condição de autora, de modo natural. Entretanto,
já participei em várias coletâneas de poesia. Estou muito grata às editoras que
me deram a oportunidade de abraçar estes novos projetos com outros autores.
“Conexões Atlânticas” é a sétima antologia em que participo.
2 - O que
escreve é inspiração ou transpiração?
O que escrevo é
apenas o que sinto pelo que não me considero poeta. O poeta é capaz de criar,
de inventar! Eu escrevo por necessidade,
como se falasse comigo mesma. Neste sentido, a poesia é inspiração. Quando
escrevo, faço-o de modo impetuoso, quase bruto, sem pensar. É uma autêntica libertação. Quando, no dia
seguinte, revejo o que escrevi, é que corrijo versos, anulo ou acrescento outras
palavras. Neste sentido, o que escrevo também é transpiração.
3 - O que
pretende transmitir com a sua escrita?
Eu desejo,
apenas, que as pessoas que leem o que eu escrevo se revejam nas minhas
palavras, nos meus versos. E que saibam que não estão sós nas lutas que travam
com as suas emoções. Existem, sim, maneiras diferentes de lidar com os sentimentos.
Eu tenho esta necessidade de escrever. Há quem prefira pintar um quadro, ou compor
uma música, ou passear...
4 - Porque
escreve poesia?
Não escrevo
poesia. O que escrevo são textos a que chamo poemas. Representam uma tentativa
de conhecer a Senhora Poesia. Esta, sim, tem alma! É ela que condiciona a forma
como estamos na vida. É necessária muita sensibilidade para a descobrir… mas
quando a encontramos, ficamos amigos para sempre.
Escrevo, também,
pelo gosto de remodelar e reinventar as palavras. A Língua Portuguesa é
riquíssima. Uma vírgula pode mudar o sentido de uma frase. Escrever também
passa por ser um grande desafio.
5 - O que costuma
fazer para promover a sua escrita?
Nada de
especial. De certo modo a divulgação aconteceu naturalmente.
6 - Que impacto têm as redes
sociais no seu percurso?
As redes sociais deram-me a
oportunidade de participar em várias antologias de poesia e de conhecer outros
autores.
Deram-me, também, a possibilidade
de divulgar o lançamento do meu livro e permitiram-me conhecer a reação, à
distância, de alguns leitores.
7 - O que
acredita ser essencial na divulgação de um autor?
As redes sociais
permitem a divulgação do que quer que seja, mas o autor é o principal promotor
na divulgação do seu trabalho.
8 - O que
ambiciona como autora?
Gostaria de
contribuir para a descoberta da poesia na vida das pessoas que a desconhecem. Porque
a poesia anda por aí. É preciso decifrá-la. É urgente descobri-la, num olhar,
num gesto, numa miragem…
Desejo que a
leitura dos meus poemas possa ter esse efeito no leitor. O ideal seria que cada
um de nós fizesse da sua vida um poema verdadeiro.
9 - Livro físico
ou e-book? Porquê?
Ambos. O livro
físico permite uma maior proximidade com o leitor. É possível sentir o toque de
cada palavra nos dedos. Às vezes, até o cheiro do livro fica na nossa memória.
O e-book é uma
realidade no mercado. As tecnologias vieram para ficar. Fazem já parte do nosso
quotidiano. É impossível resistir-lhes.
10 - Qual a pergunta que gostaria
que lhe fizessem? E como responderia?
Gostaria que me perguntassem como adquiri
o gosto pela poesia.
Responderia que descobri a poesia numa
aula, na antiga escola primária. Tinha oito anos e frequentava o segundo ano. A
professora pediu-nos que escrevêssemos um poema sobre a primavera. Eu escrevi quatro
quadras. A professora gostou e leu-as à turma. Nunca mais parei.
Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso