quarta-feira, 19 de setembro de 2018

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... CELESTE OLIVEIRA


Agradecemos à autora CELESTE OLIVEIRA a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Considero-me uma pessoa simples. Gosto de abordar cada dia com otimismo e sou bastante sensível perante injustiças sociais.
A edição do meu livro “Cores de Poesia”, em 2017, ditou-me a condição de autora, de modo natural. Entretanto, já participei em várias coletâneas de poesia. Estou muito grata às editoras que me deram a oportunidade de abraçar estes novos projetos com outros autores. “Conexões Atlânticas” é a sétima antologia em que participo.

2 - O que escreve é inspiração ou transpiração?

O que escrevo é apenas o que sinto pelo que não me considero poeta. O poeta é capaz de criar, de inventar!  Eu escrevo por necessidade, como se falasse comigo mesma. Neste sentido, a poesia é inspiração. Quando escrevo, faço-o de modo impetuoso, quase bruto, sem pensar.  É uma autêntica libertação. Quando, no dia seguinte, revejo o que escrevi, é que corrijo versos, anulo ou acrescento outras palavras. Neste sentido, o que escrevo também é transpiração.

3 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Eu desejo, apenas, que as pessoas que leem o que eu escrevo se revejam nas minhas palavras, nos meus versos. E que saibam que não estão sós nas lutas que travam com as suas emoções. Existem, sim, maneiras diferentes de lidar com os sentimentos. Eu tenho esta necessidade de escrever. Há quem prefira pintar um quadro, ou compor uma música, ou passear...

4 - Porque escreve poesia?

Não escrevo poesia. O que escrevo são textos a que chamo poemas. Representam uma tentativa de conhecer a Senhora Poesia. Esta, sim, tem alma! É ela que condiciona a forma como estamos na vida. É necessária muita sensibilidade para a descobrir… mas quando a encontramos, ficamos amigos para sempre.
Escrevo, também, pelo gosto de remodelar e reinventar as palavras. A Língua Portuguesa é riquíssima. Uma vírgula pode mudar o sentido de uma frase. Escrever também passa por ser um grande desafio.

5 - O que costuma fazer para promover a sua escrita?

Nada de especial. De certo modo a divulgação aconteceu naturalmente. 

6 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

As redes sociais deram-me a oportunidade de participar em várias antologias de poesia e de conhecer outros autores.
Deram-me, também, a possibilidade de divulgar o lançamento do meu livro e permitiram-me conhecer a reação, à distância, de alguns leitores.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

As redes sociais permitem a divulgação do que quer que seja, mas o autor é o principal promotor na divulgação do seu trabalho.

8 - O que ambiciona como autora?

Gostaria de contribuir para a descoberta da poesia na vida das pessoas que a desconhecem. Porque a poesia anda por aí. É preciso decifrá-la. É urgente descobri-la, num olhar, num gesto, numa miragem…
Desejo que a leitura dos meus poemas possa ter esse efeito no leitor. O ideal seria que cada um de nós fizesse da sua vida um poema verdadeiro.

9 - Livro físico ou e-book? Porquê?

Ambos. O livro físico permite uma maior proximidade com o leitor. É possível sentir o toque de cada palavra nos dedos. Às vezes, até o cheiro do livro fica na nossa memória.
O e-book é uma realidade no mercado. As tecnologias vieram para ficar. Fazem já parte do nosso quotidiano. É impossível resistir-lhes.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Gostaria que me perguntassem como adquiri o gosto pela poesia.
Responderia que descobri a poesia numa aula, na antiga escola primária. Tinha oito anos e frequentava o segundo ano. A professora pediu-nos que escrevêssemos um poema sobre a primavera. Eu escrevi quatro quadras. A professora gostou e leu-as à turma. Nunca mais parei.

Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link

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