segunda-feira, 17 de setembro de 2018

DEZ PERGUNTAS CONEXÕES A... CARLA FÉLIX


Agradecemos à autora CARLA FÉLIX a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Simplicidade, acho que domino a minha forma de ser e estar no mundo e na escrita. Tenho os sentimentos à flor da pele, emociono-me com frequência em silêncio e observo o mundo com os olhos do coração. Acabo por manobrar os sentimentos através das palavras e enquanto autora dispo a alma, em versos claros e outros codificados, encobrindo certos sentimentos.

2 - O que escreve é inspiração ou transpiração?

A minha escrita é uma dualidade. Por vezes inspiro-me no mar, na minha terra, nas vivências e nas memórias da minha infância, por outro lado transpiro e desintoxico sentimentos, revoltas e interpretações que faço do dia a dia. Vejo a escrita como um grito e/ou um filtro, sentindo uma maior liberdade após a libertação de pedaços de escrita.

3 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

Iniciei a escrita de uma forma inesperada. Tento em primeiro lugar utilizá-la como a minha terapia e em segundo lugar ajudar quem lê a retirar uma mensagem de esperança, força e determinação e por vezes levar a introspeção.

4 - Por que escreve poesia?

A poesia surgiu por acaso, há apenas cinco anos. Penso com frequência que não foi eu que escolhi escrever poesia, mas sim a poesia que me escolheu e neste jogo de escrever, ela acabou por vencer. É algo natural, que sai de dentro de mim sem que consiga controlar.

5 - O que costuma fazer para promover a sua escrita?

Após consolidar alguns poemas, iniciei a participação em trabalhos coletivos e comecei a partilhar nas redes sociais em grupos, o que possibilitou que os mesmos fossem lidos e comentados. Acho essencial o retorno do leitor.  Recentemente começamos a partilhar poesia em encontros na nossa Ilha, o que possibilita a troca de experiências. A realização de uma entrevista no Jornal da Praia – jornal da minha cidade e participação em vários programas de rádio também permitiram a divulgação do meu trabalho junto do público da Ilha.

6 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

As redes sociais foram determinantes para o meu percurso. Viver numa Ilha limita-nos de participar em muitas iniciativas e ter acesso a encontros. Através nomeadamente do Facebook tive acesso a programas de Rádio, concursos, participações coletivas que abriram portas a novos conhecimentos e a realização de aprendizagens.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

O autor tem de ser preserverante, escolher o seu público, sabendo que nem todos/as vão ler o que escreve e gostar do seu género. Tem de ter uma rede de parcerias que apostam na divulgação do seu trabalho nas redes sociais, blogs e em eventos de partilha.

8 - O que ambiciona como autora?

Ambiciono evoluir, conseguir um público mais vasto e publicar o meu primeiro livro de poesia. Construir um caminho passo a passo sabendo que escrever é apenas um ato de liberdade e não de subsistência.

9 - Livro físico ou e-book? Porquê?

Livro físico, não consigo ler um e-book. Documentos extensivos imprimo para ler.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Como lida com o facto de escrever no seu dia a dia?
Vejo a escrita como um mundo à parte, no qual mergulho para escrever e volto de novo à superfície. Não falo sobre o que escreve no trabalho, é como existisse uma linha que separa dois mundos, dando mais liberdade aos conteúdos da escrita.

Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link

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