DEZ PERGUNTAS A... ANA COELHO

Agradecemos à autora ANA COELHO a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Como autora escrevo o que me vai na alma de forma livre, a definição fica para quem lê. Como pessoa tento fazer ao outro o que gosto que me façam a mim, sabendo que isso nem sempre é entendido, nem espero esse entendimento global… Não julgo, se me julgam tento aprender com isso.

Sou um ser sensível por isso a poesia me move!

2 - O que escreve é inspiração ou transpiração?

Tudo o que escrevo são relâmpagos espontâneos que me chegam à mente, dizem ser inspiração!

No entanto, como gosto de escrevinhar em diversos registos por vezes há a transpiração metafórica, aquela que é o querer escrever algo ficcionando, que sendo sincera não é assim tanto transpiração, é o conseguir sentir algo de outro e não meu. A transpiração essa existe para revisonar a escrita. Isto porque ao revisionar a mente lê o que acha que está escrito e não as reais palavras, pontuações, etc dos textos.

3 - O que pretende transmitir com a sua escrita?

A minha escrita são estado de alma, se outros assim conseguirem entrar dentro dele e com os verdadeiros sentidos se conseguir a reflexão para que cada um faça do seu mundo a mudança; a minha escrita alcançou o seu maior sucesso ( mesmo que seja num só leitor).

4 – Por que escreve poesia?

Poderia começar por aqui a divagar que escrevo poesia porque sinto o mundo de forma diferente… que a vida é poesia e basta um olhar atento… na verdade não sei. Sei que ao escrever poesia sou mais completa mais feliz e acredito que se o mundo sentisse todo assim a poesia, seria bem melhor… enfim… a poesia não se explica, sente-se!

5 - O que costuma fazer para promover a sua escrita?

Partilho nos diversos meios socias, faço apresentações de livros. Aceito convites que me fazem, o normal, sem ambições. Escrever sim é a ambição, que as palavras não me faltem.

6 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

Bastante, as redes sociais abrem um leque global, chegamos a pontos onde geograficamente não se chegaria. Atravez deste meio conhecemos pessoas que nos acrescentam muito ao que somos. Posso afimar que tenho ganho muitos e bons amigos que sem as redes sociais provavelmente nunca teria a oportunidade de as conhecer.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

O próprio autor. Claro que aqueles que já editaram acreditaram que as editoras o fariam, e algumas até fazem, no entanto o público gosta de conhecer a pessoa para lá do autor. O ideal seria o misto de autor/editoras a fazerem este trabalho, a realidade é o próprio a fazer pelos diversos meios. Um que eu creio ser relevante é o presencial, procurar e aceitar levar a sua escrita a diversos pontos, aderir a eventos temáticos, tertulias, saraus… pouco a pouco a escrita se multiplica.

8 - O que ambiciona como autora?

Não tenho ambições. Quero continuar o meu percurso, aprendendo sempre e se nele conseguir dar algo aos outros, já atingi o objetivo.

9 - Livro físico ou e-book? Porquê?

Livro sem dúvida. Gosto do toque, das folhas, o cheiro a livro nas mãos. Ler em qualquer lugar sem estar ligada a energia de equipametos.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Não gosto muito de perguntas, gosto mais de respostas. Se tivesses mesmo que colocar uma questão a mim mesma, seria provavelmente: porque é que o mundo literário é tão complexo como qualquer outro mundo, sendo que os autores se afirmam como seres especiais? Claro que o mundo literário é constituido por pessoas inperfeitas como os outros mundos. A inperfeição faz parte da humanidade a par da reclamação por um mundo melhor, no entanto, em atitudes pouco se vê a quem reclama fazer algo em prol da mudança. E como no geral, os egos são inimigos da união que pode marcar a tal diferença de pessoas sensiveis e especiais, que com as palavras querem alertar o mundo, e talvez se esqueçam de as ler e de atuar em conformidade com tudo isto. Criar um mundo em volta de uma só pessoa perfeita é o erro da humanidade deste sempre.

Quero acreditar e sei que é verdade, que ainda neste universo chamado literário há quem atue, quem não se deixe vencer por lobbies, acreditando que colocando em prática o que queremos ver feito mesmo em minoria é uma melhoria em geral.

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