Quando, em 2010,
comecei a fazer divulgação das poesias de outros autores estava longe de
imaginar que, passados oito anos e meio, estaria envolvido num projecto bem
mais abrangente. Não o imaginava pela simples razão de nunca ter ambicionado
nada para além de fazer aquilo que sempre considerei ser uma lacuna existente
no universo da escrita. Não o imaginava porque, a bem da verdade, a
visibilidade desse trabalho era reduzida e o interesse dos autores, pelo que
estava a fazer, também era nulo. Aliás, ainda hoje, são mais aqueles que
divulguei do que aqueles que sabem que os andei a divulgar, e os que sabem só
tiveram conhecimento desse facto depois de me conhecerem pessoalmente. Mas isso
são contas de outro rosário.
Aquilo que quero
ressalvar aqui é a minha satisfação por verificar que hoje, repito, passados
oito anos e meio, existem outros a fazer o mesmo que eu. Fico contente, e
simultaneamente aliviado, por já não estar sozinho deste lado da barricada.
Trago este tema à baila
porque chega a ser engraçado ouvir alguns desabafos desses “novos”
divulgadores, nomeadamente sobre a falta de reconhecimento por parte dos
divulgados e as queixas e exigências constantes que esses fazem.
Acho engraçado porque,
durante oito anos e meio, ouvi muitos comentários sobre a inutilidade do que
estava a fazer e, aos poucos, comecei a escutar essas tais queixas, reclamações
e exigências, como se, de um momento para o outro, me tivesse sido outorgada a
responsabilidade de divulgar todos, a toda a hora, quando e como quisessem.
Acho engraçado porque,
durante esse período de tempo, enquanto estava sozinho a divulgar e eram poucos
os que acompanhavam esse trabalho, alguns autores menosprezaram o que estava a
ser feito e hoje, que existem mais divulgadores, sentem-se no direito de exigir
que essa divulgação seja feita segundo a sua vontade.
Toda a divulgação que
tenho feito desde 2010 nunca foi feita em busca de reconhecimento ou
agradecimentos. Da mesma forma também nunca a fiz, nem farei, de acordo com a
vontade de terceiros. E o meu conselho aos meus companheiros de actividade é
apenas um: façam apenas o que vos aprouver e não se deixem afectar pelo que os
autores mal agradecidos vos dizem, nem esperem pelos agradecimentos. Não
fossemos nós a divulgá-los apenas os familiares e amigos os conheceriam, e
alguns nem isso.
MANU DIXIT
Boas tardes, Obrigado por ter escrito sobre este tema, só para dizer que fico sempre grato pelo que fez pela A Ilucastana, sempre o fiz e partilhei, um bem haja por haver pioneiros como o amigo Um abraço.
ResponderEliminarFaço apenas o que me compete, ponto.
EliminarAbraço.
Muito bem.
ResponderEliminarGrato pela visita comentada...
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