Agradecemos à autora ANACAROL CRUZ a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se
define enquanto autora e pessoa?
Como expresso em minha poesia publicada no livro Fabriqueta de Poemas (2017), traduzo-me,
seja enquanto eu-lírico, seja enquanto pessoa, como “Poeta das Horas Vagas”. A
poesia é meu ócio criativo, mas ainda não o meu ganha-pão. Como pessoa, sou
sensível a tudo e isso que me faz ser poeta.
2 - O que a
inspira?
Outras poesias, o espanto com acontecimentos da vida,
a dor, a saudade, a leitura de textos teóricos, enfim tudo pode ser um estopim
para o surgimento de uma poesia.
3 - Existem
tabus na sua escrita? Porquê?
Não, pois acredito que a literatura não combina com
amarras. Como dizia o poeta Manoel de Barros, “Tudo é matéria de poesia”.
4 - Que
importância dá às antologias e colectâneas?
Considero que as coletâneas e antologias são um bom
meio de dar visibilidade ao autor, às vezes até mais do que o seu próprio
livro, que, por vezes, acaba circulando quase apenas entre o público conhecido.
Integro diversas antologias e coletâneas, tais como: Revista Reflexos de Universos (AGBOOK), 1º Concurso Literário do Servidor Público
(Coletânea do Servidor Público do Estado da Bahia, Brasil, 2014), Confraria Poética Feminina (Penalux,
2016), Confraria poética Feminina:
além da estampa, da qual sou organizadora (AGBOOK, 2017), Além da terra, além do céu (Chiado, 2017), Amo-te (Darda Editora, 2017), Tulipas Negras (Darda Editora, 2017),
Saudade e poesia (Darda Editora,
2017), Correspondências (Darda
Editora, 2017), Nas teias de Eros (Darda
Editora, 2017) e Gotas Poéticas (Darda Editora, 2018).
5 - Que impacto
têm as redes sociais no seu percurso?
As redes sociais foram a motivação inicial e continuam
sendo alavanca para minha escrita. Quando comecei a escrever poesias, postava
no Facebook. Através do incentivo dos
amigos que liam, passei a me sentir mais encorajada a escrever. Uma das grandes
incentivadoras, senão a principal, foi Rita Queiroz, que também compartilhava
seus escritos no Facebook e então
decidiu criar uma página chamada Confraria Poética Feminina, com o intuito de
compartilhar poesias e de incentivar as mulheres que escreviam, mas não tinham
coragem de mostrar as suas produções. O grupo foi crescendo e hoje já temos
mais um grupo no WhatsApp, uma página
aberta no Facebook, outra no
Instagran e um blog da Confraria Poética Feminina, nos quais postamos nossas
poesias.
6 - Quais os
pontos positivos e negativos do universo da escrita?
A escrita nos
transporta para universos interiores e exteriores, muitas vezes desconhecidos,
o que considero bastante valioso. Contudo, ao mesmo tempo em que nos expande,
tem o poder de nos fechar em copas, o que nem sempre é bom.
7 - O que
acredita ser essencial na divulgação de um autor?
O investimento na própria carreira, o apoio de um
agente literário, a circulação dos escritos por coletâneas e redes sociais,
participação em lançamentos de obras e a circulação do autor em meios e eventos
literários.
8 - Quais os
projectos para o futuro?
Continuar
escrevendo e publicando livros.
9 - Sugira um
autor e um livro!
Rita Queiroz. O canto da borboleta.
10 - Qual a
pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Por que eu escrevo? Porque a poesia me liberta, me
traduz e me transporta para lugares e condições inusitadas.
Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link
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