Às vezes fico no meu
canto a pensar se estou verdadeiramente no mesmo espaço/tempo dos meus
semelhantes, ou se, o plano em que vivo, é alguma realidade paralela, que num
qualquer instante, por ordem divina, celeste ou quântica, se cruza com outras realidades.
Desde sempre alicercei
os meus pensamentos sobre todos os aspectos da vida partindo de uma lógica base
em que o fator trabalho é preponderante para se alcançar metas e conquistar
objetivos. Desde muito cedo incuti, na minha forma de ser, estar e agir, uma
forte convicção sobre a necessidade incontornável, logo imperativa, de nos
esforçarmos para conseguirmos, seja o que for.
Mas, cada vez mais,
sinto que esta convicção é vista quase como se fosse um pensamento alienígena.
Olho em redor e vejo o mundo à espera que as coisas simplesmente aconteçam; que
as soluções para os problemas do dia-a-dia surjam por artes mágicas; que o
sucesso caia do céu.
Por mais estranho que
possa parecer, continuo a acreditar que a nossa relação, com os diversos
aspectos da vida, deveria ser encarada como se fossemos todos pedreiros: temos
de construir tudo, peça por peça, até o edifício estar completo, e depois temos
de ir remodelando aqui, emendando ali, acrescentando acolá.
Para os menos rústicos,
ou menos receptivos a metáforas básicas, dou um exemplo mais literário: um
livro só aparece feito se houver quem o escreva, quem o imprima, quem o edite.
As coisas não aparecem
feitas por si mesmas. Elas têm que ser trabalhadas e o trabalho requer esforço.
E não há nada mais satisfatório e gratificante do que ver os resultados do
esforço do nosso trabalho.
MANU DIXIT
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