quinta-feira, 21 de junho de 2018

EU FALO DE... ANTOLOGIAS E COLECTÂNEAS



Enquanto coordenador e organizador de obras colectivas, de poesia, fui confrontado muitas vezes (para não dizer: quase sempre) com a questão do número de linhas permitidas pelos regulamentos.

Sinceramente, não me recordo de alguma vez ter estado envolvido em algo que admitisse textos com mais de 28 linhas.

Quando questionado neste sentido, não tenho outro argumento para além da minha opinião sobre antologias e colectâneas. Pessoalmente acredito que as obras colectivas são ferramentas de divulgação, das capacidades de cada autor, e servem de mostruário daquilo que cada um pode e consegue fazer. Por outro lado, e porque acredito que a poesia exige, acima de tudo e antes de qualquer outra coisa, poder de síntese, não faz sentido preencher páginas, e mais páginas de antologias, com lençóis de versos, quase teses de mestrado. Estes últimos devem ser reservados para os livros individuais.

Do mesmo modo e pela mesma razão, não sou apologista do uso de biografias em trabalhos colectivos (menos ainda quando enfermas pelo extenso rol de habilitações que nada têm que ver com os percursos dos autores. Mas isso é matéria para outro texto.

MANU DIXIT 

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