Agradecemos à autora JUÇARA VALVERDE a disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Como se define
enquanto autor e pessoa?
Escritora comprometida
com o meio ambiente e os problemas sociais humanos. Gosto de gente e por isso
resolvi escrever literatura infantil – livros paradidáticos. A paixão e o
desejo pelo outro. Uma andarilha da vida que busca ampliar sua consciência
através das palavras e quem sabe, com isso, atingir seus companheiros de
jornada. Junto com todos na mesma barca, o que surge pra mim, como ser humano,
é isso: criar e partilhar, produzir e espalhar.
2 - O que a inspira?
Meio – ambiente; a
natureza, as flores, os jardins. Poemas sociais: O humano com suas dores e
sonhos. Erótico e lírico: A paixão e a sensualidade das relações homem- mulher.
Qualquer coisa. Uma cena de rua, uma história que alguém me contou, coisas que
aconteceram comigo ou surgidas em sonho, dores, amores. Pra quem vive e respira
palavras, tudo pode virar literatura.
3 - Existem tabus na sua
escrita?
Não.
4 - Que importância dá às
antologias e colectâneas?
Agregam autores, sem
fronteiras; ajudam a publicar os primeiros trabalhos de iniciantes; divulgam e
disseminam os autores suas ideias, e as vezes, quando trabalham temas
específicos, desenvolvem projetos. São importantes para divulgar o trabalho de
escritores ou até já publicados e até pelo contato e conhecimento entre os autores.
Minha primeira publicação foi numa antologia independente lançada aqui em Porto
Alegre, Teia Contos e Poesias, organizada em várias reuniões de todos que
pretendiam participar. Ali conheci pessoas com quem me relaciono até hoje ,
numa troca literária e de convivência rica.
5 - Que impacto têm as
redes sociais no seu percurso?
Uso as redes sociais para
divulgar escritores, meus livros, trabalhos culturais e entidades literárias. No
facebook, várias vezes encontrei os primeiros leitores de poemas meus. O papel
das redes sociais é importantíssimo. Ali se tem divulgação e recepção
instantânea de nosso trabalho até do exterior, assim como se fica conhecendo
outros autores e trocando impressões sobre nossos trabalhos. Grupos de estudos
, de leituras e cursos podem ser feitos pelas redes sociais, o que significa um
avanço enorme no alcance da literatura
6 - Quais os pontos
positivos e negativos do universo da escrita?
Meus livros são diálogos
com o mundo e ficarão. Muito empenho, esforço e dedicação – horas solitárias,
às vezes, exaustivas. Universo da escrita... O ato de escrever traz dor e
prazer ao mesmo tempo. É minha maneira de estar neste mundo louco e de tentar
equilibrar-me dentro dele. Negativo no universo da escrita é que nossas obras
passam por um sistema de circulação dentro de uma sociedade capitalista na qual
tem mais voz, muitas vezes, autores conhecidos e que vendem mais. Aí entra o
papel importante, positivo das editoras independentes , que vão se impondo e
apostando em novos escritores Negativas são também as panelinhas literárias, a fogueira
das vaidades.
7 - O que acredita ser
essencial na divulgação de um autor?
Boa editora. Que as
editoras façam boas distribuições do que é editado. E que o autor também se
disponha a esta divulgação, participando de encontros, lançamentos, saraus,
entrevistas, enfim, de todos os tipos de eventos literários que possam divulgar
seu livro.
8 - Quais os projectos
para o futuro?
Escrever, ler mais,
oficinas literárias para troca de conhecimentos.
9 - Sugira um autor e um
livro!
Marcus Vinicius Quiroga –
Campo de trigo maduro ou Fazer-se Frida.
10 - Qual a pergunta que
gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Por que começou a
escrever?
As que sempre me coloco.
O que a gente faz neste mundo, por exemplo. Não haveria, não há respostas e sim
suposições, outras perguntas e diálogos infinitos comigo mesma e com outros
andarilhos curiosos.
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