Todo
fim de ano, tudo se repete, tudo se faz igual, aonde quer que se esteja, ou
aonde quer que se vá... por um lado o consumismo e excessos, gastronômicos,
etílicos ou ilusões... do outro a alegria, a esperança, a confraternização dos
mais solidários e fraternos que fazem dessa época um exercício de humanidade, e
no meio disso tudo, a violência, a miséria, a dor... e a nós, que não somos tão
egoístas e nem tão altruístas, nos
resta, observar o mundo lá fora com a serenidade que nos traz o aconchego da
família.
Tempo
daquela a correria de fim de ano como se fosse o final do mundo, da calmaria
dos que tentam passar alheios a tudo isso, das solidões e afetos que não estão
mais por perto, lembranças que trazem saudades,
vivências que adiamos, projetos que
idealizamos, esperanças que se renovam, silêncios que preferimos guardar.
E
a cada ano, fico mais distante desse momento restritivo de magia, consumismo e encantamento de Natal. Mas por que tudo tem
que ser vivido, lembrado, perdoado ou justificado neste período? Pedir desculpas, sorrir, presentear, olhar
para o próximo, questionar, se doar, agradecer, estar integralmente na vida, é
todo dia.
Esse
ano longe do meu país e do que vivi até aqui e ao mesmo tempo tão próxima de
tudo que desejei e desejo, percebi, que em todos os lugares, é igual, todos nós
somos exatamente iguais, e que estar ou ser feliz, independe de fatores
externos ou condições propícias. É a nossa maneira de viver as experiências que a vida nos
apresenta, com suas perdas, dores, encontros, alegrias e vitórias, que dita e
conduz ao nosso próximo sorriso, a magia e o encantamento que nos faz sonhar, a
poesia que percebemos nos pequenos detalhes, a arte de acreditar e fazer
acontecer, a harmonia consigo mesmo e a renovação da esperança, para ter fôlego
para seguir adiante, apesar desse tempo nada fácil de ser vivido e sentido.
Prefiro
relembrar alguns ensinamentos de um Homem que veio para dizer ao mundo que só
poderemos encontrar a verdadeira harmonia se compreendermos que todos são
iguais e que a receita simples é “ Ama a teu próximo, como a ti mesmo “ e “ Não
faça aos outros o que não gostaria que fizessem contigo”, é... por mais que
tenhamos essa percepção, ainda precisaremos de algum tempo, para exercer essa
prática na totalidade, mas como somos todos iguais, aonde quer que estejamos, prefiro
acreditar que no próximo ano...
Feliz
Ano Novo!
DRIKKA INQUIT
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