quinta-feira, 30 de novembro de 2017

AOS OLHOS DE PAULA OZ... MARIETE LISBOA GUERRA (II)

Paz no coração da Poesia, sua confidente.

Na pele dos seus poemas contemplamos o corpo do poema. A chave? A essência da Mulher – mãe, filha, amante da vida, amiga, espirito, criança inconsciente, alma apaixonada, astro de paixão, a terra e flor Jasmin, o mar e as conchas sem fim, a natureza e a beleza – na sua inquietude a calmaria do e perante o Universo. A asa do sonho em mel, o céu da realidade são rubras, majestosas, no reinado da sua poesia, as estrelas a doce e suave sedução que adornam o papel.

“O amor sem data e nem tempo”. Como fala e sente bem a autora, o abraço prolongado são os gestos anunciados para um grande amor. É a felicidade na brisa do vento. Gosto de a ouvir mas principalmente de a ler.

“Olhar-te-ei como se nunca e sempre
olhar-nos-emos como se fôssemos morrer”

A palavra silenciada é a metáfora adormecida onde vivem as emoções para viver ao encontro do rastro solar. É a viagem do mundo que beija a eternidade ao acordar.

Esquecida de tudo, a janela dos seus olhos é a consciência da sua alma. Por vezes a memória da mulher ou menina com tantas histórias. Para escrever poesia é preciso saber ouvir a poesia, é preciso ama-la. Mariete Lisboa Guerra ama, AMA tanto, que ela mesma é a mais pura inquietação de sentimentos numa ilha de palavras. A entrega é total.

“Metade da minha alma é consciência
se sou anjo ou diabo, minha aparência
como se um dom tardio fora na inquietação desta hora.”

A sua escrita é igualmente de uma riqueza literária enorme, em prosa ou em verso, a linguagem para além de sugestiva, é plena de vida, conotativa, metafórica, figurada, criativa, viajante! No cais nocturno do seu coração, navega na saudade, o amor numa canção, nas vivências do dia-a-dia e em prol da liberdade. Não posso porém deixar esquecido, as potencialidades da linguagem na poesia da autora, a sonoridade da linguagem, o ballet da poesia bastante peculiar, sendo diferente, emotiva e artística.

Mariete Lisboa Guerra tem o dom da expressão singular e com isso a capacidade de transmitir o enigma dos seus poemas, devemos porém ir sempre mais além, pois a sua voz é forte, é a voz que escreve nua, num grito à lua, a voz que chora ou dá um sorriso, é a voz que ama e dialoga, a autora não conversa com as rimas, a asa da letra nasce livremente. Uma chama interna e colorida, uma visão que embeleza o verso.

A autora oferece-nos a poesia numa beleza concreta, acidulada, como num espectáculo, basta apreciar e esperar o que poderá vir. Sentir e permitir que as emoções se libertem para voarem, prolongando os sentidos.

Mariete Lisboa Guerra possui a arte de dizer a palavra NOVA, cuida do seu jardim como a flor vive na sua pele.
Mariete Lisboa Guerra transpira, inspira e respira a POESIA.
Que esta sua caminhada seja um véu de estrelas, que as pétalas das rosas sejam perfume na estrada do sucesso, rumo ao mundo cultural.
Que o seu sorriso seja sempre o seu sorriso. A poesia sempre a sua POESIA.

- Sempre nasce uma grande escritora, de uma GRANDE mulher

“O meu amor é belo como um barco!”
Mário Quintana


Para a obra
Um dia houve poesia”


Mariete Lisboa Guerra



Paula OZ


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