quinta-feira, 3 de agosto de 2017

EU FALO DE... FUI QUASE TODAS AS MULHERES DE MODIGLIANI

Não é segredo para ninguém o grande apreço e admiração que tenho pela autora Graça Pires.

Tal como escrevi em 2013, num artigo sobre o lançamento de um dos seus livros, Graça Pires é uma poeta de mão cheia que não tem recebido o devido reconhecimento, por parte dos pseudo-entendidos, pela sua vasta obra, apesar dos inúmeros prémios literários recebidos.

No entanto, esta enorme poeta, não se deixa abalar pela quase anonímia do seu percurso e continua a presentear os leitores (onde orgulhosamente me incluo) com obras fascinantes e de grande valor.

É o caso do seu recente trabalho - FUI QUASE TODAS AS MULHERES DE MODIGLIANI. Um livro que prova, uma vez mais, a qualidade da escrita de Graça Pires.

Este pequeno livro, com poemas baseados em 40 quadros de Amadeo Modigliani, artista plástico italiano, radicado em França, é um grande contributo, não só para a poesia lusófona, mas também, e porque não dizê-lo de boca cheia, para a poesia universal.

Inspirada ou, melhor ainda, guiada, pelas criações deste pintor, Graça Pires trabalhou as palavras de forma a casá-las com cada um dos quadros, dando vida a cada uma das mulheres retratadas.

Este tremendo e fascinante exercício de criatividade não resultaria tão bem se a autora não tivesse, embrenhadas em si, todas as características necessárias para ser uma poeta de excelência; especialmente a capacidade de discernimento e trabalho árduo.

FUI QUASE TODAS AS MULHERES DE MODIGLIANI é mais que um livro de poesia. É uma obra de arte; uma tela de palavras sobre outras telas. Este é um daqueles livros que vai muito além das suas intenções primeiras. O mesmo é dizer que, para além de ser um grande livro de poesia, é também um enorme roteiro sobre parte da obra de Amadeo Modigliani.

Recomendo sem reservas este livro. Boas leituras.

MANU DIXIT

Sem comentários:

Enviar um comentário

Toca a falar disso