Ao longo dos seis anos como utilizador do Facebook,
tenho tentado manter-me fiel ao princípio de não embarcar nas agitações em
massa que regularmente acontecem nesta plataforma. Procuro, na medida do
possível e sem negar algumas falhas pelo caminho, distanciar-me
propositadamente desses movimentos colectivos que são, muitas vezes, inócuos e
que não acrescentam nada a cada um de nós. No entanto, sempre que aparece um
destes fenómenos, faço a minha pesquisa sobre o assunto, porque o saber não
ocupa lugar, e depois, se achar pertinente, escrevo algo sobre a matéria.
Confesso que, quando li as primeiras referências e
este motor de busca com a suposta maior base de dados sobre escritores
portugueses, não dei muita importância porque habituei-me a utilizar o Google
como ferramenta de pesquisa. Contudo, ao ver o enorme alarido que começou a ser
feito nos últimos dias, e depois de ler um texto do poeta Victor Oliveira
Mateus, sobre o assunto, decidi ver pelos meus próprios olhos do que se
tratava.
Para variar comprovei, o que sempre acontece nestas
ocasiões: a publicidade é melhor que o produto.
Em primeiro lugar, só alguns dos autores referenciados
tiveram direito a biografia exaustiva e bibliografia completa... não será
difícil de perceber que esses são os mais mediáticos.
Em segundo lugar, e para mim mais relevante, esta até
pode vir a ser a maior e mais completa base de dados de escritores portugueses
mas neste momento está bem longe desse objectivo. Bastou-me procurar meia dúzia
de autores; Casimiro de Brito, Graça Pires, Paulo Themudo, Pedro Tamen, Lídia
Borges, António Ramos Rosa, para chegar a essa conclusão.
Repito, este motor de buscas até pode vir a ter, um
dia, a maior base de dados sobre escritores portugueses mas neste momento até a
falível e inconfiável Wikipédia tem uma base de dados mais completa.
Vejam pelos vossos próprios olhos em escritores.online
MANU DIXIT
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