Ontem assisti a parte de um programa num dos canais da SIC cujos convidados eram, nem mais nem menos, dois dos maiores jornalistas/pivots de televisão da actualidade: José Rodrigues dos Santos e Rodrigo Guedes de Carvalho.
Num determinado momento, um dos moderadores do
programa destacou o facto dos dois jornalistas também serem autores/escritores
e questionou-os sobre essa actividade.
Quem já leu os livros deles sabe que têm estilos bem
distintos: Rodrigo Guedes de Carvalho é um apreciador de linguagem trabalhada e
José Rodrigues dos Santos é um contador de histórias.
Perante uma pergunta feita sobre esta matéria, tanto
um como outro assumiram essa distância estilística entre ambos mas também
fizeram questão de deixar bem claro que em literatura existe espaço para as
diversas tendências.
Chegados a este ponto, quero parabenizar os dois
jornalistas/escritores pelo afastamento que revelaram em relação a todos
aqueles que, tentando fazer-se passar por académicos, vulgo entendidos,
procuram inferiorizar ou retirar importância a um estilo de escrita em
deterimento de outro. Tal como foi referido no programa, todos os estilos são
válidos enquanto literatura e ambos são formas de arte escrita. E aqueles que
lêem José Rodrigues dos Santos não são menos cultos ou eruditos que os leitores
de Rodrigo Guedes de Carvalho.
Bem vistas as coisas, e relembrando o velho adágio;
não se consegue agradar a gregos e a troianos.
MANU DIXIT
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