terça-feira, 12 de junho de 2018

DEZ PERGUNTAS A... MARIANA VIRGÍNIA MORETTI CARVALHO


 Agradecemos à autora MARIANA VIRGÍNIA MORETTI CARVALHO a disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Como se define enquanto autora e pessoa?

Sou uma pessoa questionadora, observadora, meio inconformada com as coisas (risos). Sou também minha pior crítica, exijo muito de mim mesma e sou perfeccionista com as tarefas que desempenho. Por muito tempo pensei em publicar um livro, mas acabei adiando. Depois de quase dez anos me dedicando a um blog de contos, decidi finalmente publicá-los.

2 - O que a inspira?

Tudo me inspira. Gosto das pequenas coisas cotidianas, de dar voz àqueles que não têm espaço de fala, imaginar situações improváveis ou até eternizar encontros e diálogos que me marcaram. Sou uma entusiasta da Filosofia e da Astronomia, temas que estão presentes nos contos que escrevo. Sou apaixonada por futebol e escrevo periodicamente sobre a relação entre o contexto social e a prática esportiva. Percorro várias áreas e não há nada que seja supérfluo demais para não ser alvo de minha atenção, e motivo de minha inspiração para escrever.

3 - Existem tabus na sua escrita? Porquê?

Acredito que a escrita que tenho desenvolvido busca chegar a um ponto que todos os assuntos serão tratados abertamente, com simplicidade e sinceridade, independentemente da natureza que possuem.

4 - Que importância dá às antologias e colectâneas?

Reunir uma gama de autores e autoras de visões distintas, e fornecer uma valiosa e múltipla experiência literária ao leitor.

5 - Que impacto têm as redes sociais no seu percurso?

Costumo ver as redes sociais como um instrumento para democratizar a produção cultural, tendo em vista a facilidade de atingir o público (o que também nos traz muita responsabilidade). Posso alcançar muitas pessoas (de diferentes culturas, ideologias, faixas etárias) em questão de minutos, e interagir com elas em tempo real, o que é fantástico.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita?

A escrita sempre me ajudou a expressar meus sentimentos, e acredito que com muitas pessoas seja assim também. Um ponto positivo, muito marcante para mim, é a possibilidade de dar vazão aos pensamentos e transformá-los em algo atemporal e partilhá-los com outras pessoas. Como ponto negativo, destaco o crescente uso de escritos de forma descontextualizada ou deturpada nas redes sociais, contribuindo para a disseminação de notícias falsas.

7 - O que acredita ser essencial na divulgação de um autor?

Reconhecer seu trabalho e abrir espaço para os autores novos, encorajando-os a buscarem seus objetivos.

8 - Quais os projectos para o futuro?

Tenho uma vontade imensa de viajar o mundo. Conhecer vilarejos remotos, cidades imponentes, paisagens intocadas. E, sobretudo, conversar com pessoas muito diferentes de mim. Sinto que muitas histórias precisam ser contadas e elas parecem me chamar a cada instante.

9 - Sugira um autor e um livro!

Cem Anos de Solidão, Gabriel García Márquez.

10- Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Gostaria que perguntassem o que é a vida para mim. Não porque eu saberia responder essa questão, mas porque ela me traz uma inquietação e uma melancolia necessária: sem essa premissa fundamental eu perderia muito da minha essência literária. É esse desassossego que me impulsiona a seguir adiante e buscar traduzir o mundo em palavras, convidando outras pessoas a me acompanharem nessa empreitada.

Acompanhem, curtam e divulguem esta e outros autores através deste link

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