06-07-2024
Mesmo defendendo que ninguém (absolutamente ninguém), seja em que situação for (económica, social, religiosa, política, etc), deve estar, por esses motivos, imune a críticas, não deixa de ser verdade que a maioria dos contestadores modernos não sabe, ou não quer, ficar-se pela justeza do argumento, preferindo lançar farpas, a torto e direito, como se não existisse uma linha, por mais ténue que seja, entre a crítica construtiva e a tentativa de aniquilamento moral.
Como se esta realidade não fosse suficientemente desprezível, ainda temos de adicionar os rebanhos de seguidores que, por falta de hábito em pensar pela própria cabeça, acendem as tochas do insulto barato e, de forma gratuita, juntam-se à horda bárbara, sedenta de sangue e linchamento.
Por norma, todos eles (críticos e apoiantes), padecem da mesma maleita (ingratidão e memória curta) porque é muito mais “engajador” o tumulto do que a discussão saudável e cordata.
Mas o valor das suas acções é tanto, e tão pouco, que só serve para textos reflexivos, como este, onde se aborda a conduta sem dar nomes aos bois, para não ficarem na história.
EMANUEL LOMELINO