LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
Conheçam a In-Finita neste link
A rádio parasitava ruídos estranhos, como se não estivéssemos sós… tentei sintonizar a antena e dei voltas aos botões, negros de plástico duro. Sem sucesso.
Desisti e acendi um cigarro, sentei-me nas escadas da
frente, e encostei-me à ombreira da porta maciça castanha
escura, descolorida pelos ventos do norte e do salitre do mar.
E ali sem música , consumi 4 ou 5 cigarros sem me dar
conta da chegada da garoa trazida pela noite… estava para
lá do horizonte, onde as dores se escondem e perdi-me por
horas.
Ela tinha ido naquela direção, numa embarcação qualquer, com ele! Que de mim nada levou, nem mesmo a escova de marfim, toda trabalhada, que lhe tinha trazido de
Moçambique… se soubesse o quanto me custou na altura…
pra cima do que ganhava ao mês! Mas adorava vê-la, deslizá-la por entre os cachos negros, até aos ombros… ou até
mais abaixo deles…
EM - ESSAS MULHERES - COLETÂNIA - IN-FINITA
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