quinta-feira, 13 de junho de 2024

A qualquer hora da noite (excerto 21) - Geórgia Alves

LIVRO GENTILMENTE CEDIDO POR IN-FINITA
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Longe dos cuidados pela sobrevivência dos outros pôde pensar na própria. Guadalupe se via como indivíduo. No princípio do passeio foi assim. Olhando o mundo passar pela janela e os pneus devorando a estrada. Andar de carro, afinal, não era tão ruim. Nem nauseou. 
Depois, a pobre cozinheira sente os bichos que prepara em vasilhas, a quem dera a comer em piquetes. Na clínica da capital mais próxima, Arco Branco, aplicam a massa gelada nas partes. Já foi bem difícil de esquecer. Depois entram com bracinho mecânico. Lá dentro a coisa, sem olhos, enxerga.

EM - A QUALQUER HORA DA NOITE - GEÓRGIA ALVES - IN-FINITA

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