Senhor Barão,
Todos aplaudimos a sua intensão de fazer do desporto um veículo de desenvolvimento pacífico da humanidade, em que o esforço físico, a agilidade mental e, sobretudo, a capacidade de superação sejam valores universais na preservação da dignidade humana.
Louvo os intentos, mas não posso ser indiferente à evolução deturpada dos princípios olímpicos e à forma como são geridos e aplicados, nomeadamente na hora de definir os critérios de avaliação em algumas modalidades, e na inclusão ou exclusão de outras.
Porque mencionar todas seria exaustivo, limito-me a fazer referência a duas situações flagrantes.
1 - Se o olimpismo se identifica como um modelo desportivo apartidário, apolítico e a favor dos direitos humanos consagrados, por que carga de água se proíbe, aos atletas, o direito fundamental da liberdade de movimentos fora da “aldeia” olímpica?
2 – Sendo as olimpíadas um evento desportivo, como se justifica que uma vertente de cariz cultural (breakdance) seja considerada desporto e algumas modalidades com expressão mundial (rugby, hóquei-em-patins, xadrez, etc.) não façam parte dos jogos?
Os critérios estão longe do meu entendimento e, creio não estar enganado, subvertem em absoluto a génese do seu idealismo.
Com indignação
Emanuel Lomelino
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