INICIA-SE HOJE ESTA RÚBRICA CUJO OBJECTIVO É ESTIMULAR A TROCA DE IDEIAS E PROMOVER UM DEBATE SAUDÁVEL E CONSTRUTIVO EM PROL DA LITERATURA.
OS MEUS AGRADECIMENTOS À POETA ANA CASANOVA PELA PRONTIDÂO COM QUE
RESPONDEU AO MEU DESAFIO.
VAMOS FALAR DISSO...
ESCRITORES SOMBRA
Sabemos que proliferam
e por todo o mundo, mas quando o caso é escreverem biografias, não me choca
tanto, embora ache que deviam ser referidos nos ditos livros. A história de
vida não é deles e apenas redigem mas também há formas diferentes de o fazer
que podem ser mais ou menos boas e mereciam, isso apesar de remunerados, serem
referidos.
Diferente é para mim
quem escreve, por exemplo, romances que
se chegam a vender “aos quilos” sinal de
que, se não têm qualidade, pelo menos são vendáveis e depois alguém assina por
baixo levando os louros.
Questiono-me também
sobre o que sentirá quem assina, porque elogiarem-nos por algo que não fizemos
deve ser um tanto estranho. Se não o fizemos, qual o mérito?
Será bom o sentimento
de enganar e saber até que um dia um desses escritores sombra, pode cansar-se e
falar sobre a sua vida?
Como autores consideramos
os nossos livros como filhos nascidos da alma, e como tal penso ser quase tão
doloroso como penso que sentirão algumas mulheres que alugam as suas barrigas
durante nove meses. Falei nisto porque
ainda ontem durante o jantar, tocámos neste assunto e “tentando”
colocar-me nestes lugares, acho que acabaria no meu caso por revelar esse
segredo. Não sei no entanto, como são feitos esses contratos e quem pode ser
mais lesado já que recebeu dinheiro por esse facto…
É um assunto que me
coloca muitas questões, sei muito pouco e considero chocante.
Chegamos à conclusão
que o dinheiro paga tudo e em todos os meios e é uma tristeza profunda a que
sinto, porque cada vez se usa mais a desgraça alheia.
2 Fevereiro 2013
Ana,tenho uma vaga ideia que num lançamento de um dos teus livro aqui em Genève, se discutiu um pouco sobre isso. Eu nunca compreendi como alguém pode dar paternidade a um livro que não é seu seja de poemas, romance, de ficção ou mesmo de cordel...
ResponderEliminarUm livro tem identidade própria, tem alma, e no caso de poemas, tem sangue porque corre em suas páginas a veia poética do verdadeiro autor.
É um tema interessante e agradeço de ser revelado aos amantes da boa literatura para não cairem no engodo de idolatrarem apenas uma assinatura.
Fico grato que continues a defender quem realmente faz a obra e não as sombras que saem dela.
Osvaldo
Amigo Osvaldo! O meu agradecimento pela visita e respectivo comentário.
EliminarEmanuel Lomelino (Manu)
Ana! É uma questão pertinente que colocas e que merece duas reflexões:
ResponderEliminarA primeira tem que ver com o facto de estar quase intituida essa forma de actuar quando se trata das "memórias" de uma figura pública ou mediática. São raros os casos em que é o próprio a escrevê-las.
A segunda questão prende-se mais com os géneros literários de criação e a minha pergunta é: até que ponto não deixam de ser escritores sombra para passarem a ser meros plagiadores? Creio que a linha é muito ténue e merece a nossa atenção.
Ana...a reflexão da escrita desses ditos escritores na sombra do seu próprio nome, nada descrevem a não ser os erros das suas próprias sombras, muitos deles são figuras publicas, ou jornalistas mediáticos, precisam de colocar a maquina das grandes editoras ao serviço das meras palavras, que neles se revejam...sem a criação da referência à sua representação literatura do seu próprio autovalor literário.
ResponderEliminarGilberto Russa! Uma honra contar consigo como leitor deste blogue. Obrigado pela visita e comentário. Abraço.
EliminarAna, também não consigo entender, porque para mim, escrever, é passar para o papel , o que me vai na alma, independente de ser em prosa ou em poesia, é dizer tudo o que penso, sinto e observo, então também não entendo como se pode fazer isso.
ResponderEliminarObrigada por abordares o assunto.
Beijinhos
Helena Fragoso
Helena! Muito obrigado pela visita e pelo seu comentário.
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ResponderEliminarOsvaldo, realmente nas apresentações dos livros, aproveitamos sempre para falar de vários temas que se prendem com autores, editores... Eu não consigo aceitar que isto possa existir mas oiço falar até em autores já com nome que pelo volume de vendas, já têm quem escreva por eles, como se fosse um outro qualquer negócio. Não existe aqui, alma, paixão mas apenas interesse monetário.
Agradeço a leitura e comentário e mando um beijo muito grande com a amizade de sempre.
ResponderEliminarEmanuel, aproveito aqui para te agradecer o convite para dar início a esta rubrica.
Em relação ao que referes como primeiro ponto, acho que está na moda, toda a gente "escrever" um livro e como isso não é possível... Depois há quem o saiba fazer mas tenha consciência da dificuldade do meio e prefere fazer disto uma mera profissão pelos vistos. Pedem para escrever e eles escrevem. Quanto à criação nos vários géneros literários, é outro assunto mais complexo. Penso também se essas "sombras" não receiam ao escrever que o que escrevem não tenha valor e por isso preferem agir desta forma. Aqui já sou eu a colocar outra questão. Também sabes que criticar é fácil mas gostaria que muitos dos ditos "críticos" tentássem escrever alguma coisa e depois nos diriam como é.
Depois explica-me por favor em que medida os consideras plagiadores. Refiro-me a quem escreve. Beijos
ResponderEliminarGilberto Russa, é o tal dito negócio que eu não consigo entender onde apenas funcionam as tais "máquinas" e as figuras mediáticas.
Agradeço muito o seu comentário. Um abraço.
ResponderEliminarHelena Fragoso, obrigada por teres vindo e comentado. Acho que todos os que gostam verdadeiramente do que fazem e respeitam a criação, não conseguem entender.
Beijinhos!
Ora pois, temos aqui o "colocar o dedo na ferida". Sim, o "mercado" trouxe facilidades, facilitismos e trouxe pessoas a viver na sombra. Obrigado Ana por este testemunho e obrigado ao Emanuel por promover este debate interessante... :)
ResponderEliminarRicardo! Obrigado pela visita e pelo teu comentário. Abraço
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ResponderEliminarRicardo, os que vivem na sombra e os que vivem à sombra dos "sombra"... Uma vergonha, não é?
Obrigada pelo comentário e um beijinho.
Ora pois, nem mais. Infelizmente acho que vivem muitos à sombra dos "sombras"... :) Bem-haja
EliminarAna,
ResponderEliminarGostei deste texto questionador. Tudo tem a ver como a sociedade se move e tudo alastra em consonância com esse movimento.
Isto também é escravidão, embora paga. Usa-se e abusa-se daqueles, e dos outros. Quem pode manda, ou manda vir, ou obriga... pois não há alternativa.
"...porque cada vez se usa mais a desgraça alheia.", conforme a Ana referiu a terminar o seu oportuno e excelente texto.
Faz-nos doer a alma.
António! Obrigado pela interacção! Forte abraço.
EliminarAna,
ResponderEliminarParbéns pelo tema abordado. É pertinente e oportuno.
Infelizmente não é apenas nos romances que há "escritores sombra". Há também "poetas sombra", por incrível que possa parecer.
A falta de escrúpulos de certos pseudo-intelectuais, não conhece limites.
Um abraço amigo.
Poeta! Um prazer receber a sua visita e o comentário tão "alegre"! Forte abraço.
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ResponderEliminarAntónio Martins, tem toda a razão e nem sei que tipo de sociedade é esta e para onde caminhamos, no fundo.
É mesmo escravidão e predomina a lei do mais forte. Como disse vou-me apercebendo de realidades que para mim eram impensáveis, talvez porque ainda estou muito "crua" nestas andanças. É o que sinto cada vez mais.
Agradeço muito a sua intervenção meu amigo. Um beijo
ResponderEliminarVítor, quando me referi a romance dei um exemplo mas sem saber realmente se também haveria poetas falsos! Os ditos plagiadores vergonhosos e descarados ainda vamos apanhando mas esses tais de "sombra" não. Acredite que me faz confusão são esses falsos poetas que assinam o que não lhes pertence. Que cara de pau!
Muito obrigada pela participação e um abraço muito amigo.
Ana, para mim, tal como para ti, um livro, mesmo um poema, é como um filho para mim e acho inaceitável que alguém o publicasse como seu (aqui também se levanta a questão do plágio que prolifera pelo mundo da internet). Contudo, todas as pessoas são diferentes e provavelmente há quem faça disso uma profissão, quem sabe se bastante rentável, e escreva para que outros "autores" tenham assim uma fama que não lhes pertence de facto. Mas a verdade é que eu posso escrever o melhor livro de poesia do mundo e arredores e ele não sair de um caixote de uma livraria, mas se for a Senhora X, que até aparece na telenovela e nem sabe escrever bom português (mas que se lixe!), toda a gente vai a correr comprar o livro e, absurdos dos absurdos, ainda vão dizer que é bom, vai para o top de vendas, para o top de qualidade e com sorte ainda ganha uns prémios! Enfim... um assunto que daria quase um livro!
ResponderEliminarBeijinhos e parabéns pelo texto e tema
Olá Vera! Obrigado pela visita e pelo comentário. Beijos.
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ResponderEliminarOlá Vera, sei que pensamos da mesma forma e para nós isto seria impensável mas entendi o que disseste de quem pode até escrever, sem ter própriamente amor à arte e prefere mesmo é ganhar dinheiro.
Referi o que falas talvez de outra forma, na resposta que dei ao Emanuel, talvez pensando noutro aspecto...Falei no receio de não ser aceite e tu falaste que sendo da "senhora X" da novela vão a correr comprar o livro.
Interessante seria termos a visão de algum escritor sombra mesmo que na "sombra" para melhor podermos entender.
Beijinhos e obrigada por teres vindo e pelo teu comentário.
Vamos devagarinho, por favor!
ResponderEliminarOs escritores e poetas, tal como qualquer outra profissão, produzem algo; Uns, prosa e poesia, outros criam plantas, animais, cuidam de pessoas, inventam coisas. Cada "coisa" criada por cada profissional, em qualquer ramo, é obra sua, "um filho seu", quer seja bem ou mal escrito, desenhado, cultivado ou cuidado. No entanto, em todas as profissões, há sempre quem goste de "aparecer", de ser falado, louvado, idolatrado! Ai vaidade humana, sempre a vaidade humana!
Que ninguém tenha dúvida que, numa Empresa de chocolates ou escritório de Arquitetos, só para citar algumas profissões, as obras não tenham o nome de quem realmente as criou! Numa Empresa, as "obras" são colectivas, não individuais, mas ninguém está verdadeiramente preocupado em saber quem realmente as produziu. Foi fulano, e o assunto está encerrado! É óbvio que também existe a cópia "pirata", feita nos países onde a mão de obra é mais barata, mas agora até as empresas de renome sub-contratam outras empresas para produzirem (mais barato) o que elas faziam anteriormente!
Quando os poetas e escritores vão adquirir papel, por acaso procuram saber o nome de quem fez aquela resma? E será que o papel foi produzido legal ou ilegalmente? E se pagáram todos os impostos devidos, ou se houve crianças envolvidas no fabrico da pasta de papel? Caso os poetas e escritores usem um computador, o assunto pode ser ainda mais complicado, porque se cruzam imensos "filhos" dentro de uma única máquina, alguns, "filhos da mãe" e outros sabe-se lá de quem!
Então, meus amigos, parece-me que se está a querer discutir um pouco o sexo dos anjos, não acham?
Adeus!
Em primeiro lugar quero agradecer a visita, o comentário e o reparo, que fez em comentário apêndice, entretanto já corrigido.
EliminarQuanto ao que diz no seu comentário e reconhecendo algum paralelismo, não pode de todo ser comparado porquanto se está a falar de obras individuais e não cooperativas. É certo que todas as questões têm dois ou mais ângulos de discussão mas convenhamos que termos nas bancas livros assinados por quem não os escreveu não é muito ético...
Mais uma vez o meu agradecimento pela exposição do seu ponto de vista. É esta interacção que se pretende com os textos aqui expostos.
ResponderEliminarRealmente senhor(a) anónimo(a) não consigo estabelecer qualquer relação entre um trabalho feito colectivamente e outro individualmente.
Num livro vem o nome do autor, do editor, do autor da capa e até da gráfica! Agora realmente não se pode pôr o local onde se comprou o papel etc.. Acho que fugiu do tema, peço desculpa.
Existe a vaidade humana sim tem toda a razão mas existe também quem goste de partilhar o que faz e por exemplo dar opiniões mostrando a cara e olhe que não é por vaidade, é por frontalidade!
De qualquer forma agradeço o seu comentário que nos mostra como podem ser vistas as "coisas" por outros prismas.
Também não entendo as coisas assim, mas infelizmente é o mundo que temos, por exemplo com os livros de certos jogadores de futebol, a maioria são outros que os escrevem, mas para o leitor o que conta é o craque que o assina é a ele que idolatram, esse mesmo livro assinado por outra pessoa não venderia nada mas com o craque da bola rende milhares quem dita as regras é o publico. quanto a quem se presta ao papel de escrever um livro de outro, para a maioria será uma questão de sobrevivência, estou certa disso, quem sabe até uma maneira de pagar para publicar os seus próprios livros,e é muito triste que seja assim.
ResponderEliminarAntonia Ruivo! É triste mas o mediatismo nos dias que vivemos é uma fonte de negócio muito rentável.
EliminarObrigado pela visita e comentário.
EliminarOlá Antónia Ruivo, estou inteiramente de acordo contigo, tsnto no que respeita à questão do mediatismo como o facto do escritor sombra o fazer essencialmente por uma questão de sobrevivência. Gostaria que aparecesse aqui algum e esse sim aceitaria que fosse anónimo por motivos óbvios. É como dizes uma tristeza!
Obrigada pela visita e comentário e um beijinho.
Caro Manu,
ResponderEliminarGostaria de esclarecer alguns pontos, depois da sua gentil resposta, e do "ataque" que me foi feito pela sua convidada, o qual, na verdade, já era esperado. Artistas...
Em primeiro lugar, a correção da expressão usada no texto (aos Kgs) para o Português correcto (aos quilos) era para ter saído no texto principal, como P.S. (Post Scriptum) mas, por erro meu, não foi incluído. Quando não se olha para o próprio umbigo, às vezes cometem-se erros de palmatória – Lá está, faltou um Revisor!
Vou exemplificar o meu ponto de vista, para tentar ser compreendido: Um candidato a sapateiro, quando inicia a sua profissão, não produz sapatos, vai sendo iniciado na profissão por um mestre, sendo ele um aprendiz. Um sapateiro a sério, produz sapatos de qualidade, e são obras suas, "filhos" (como aqui foram chamados), e que lhe custam tanto a produzi-las, quanto qualquer outra obra de criação. E quando o trabalho é bom, a tendência é aumentar o ritmo de fabrico, ao ponto de começar a ter que empregar mais gente, que vai aprender a técnica e produzir "filhos" quase (ou senão mesmo) idênticos ao do mestre; No entanto, a qualidade do sapato vai ser sempre reconhecida e a "marca" será sempre do mestre, nunca dos ajudantes.
Isso mesmo acontece com outras profissões, incluindo a dos escritores e poetas; Só que, às vezes, a falta de bom senso impede que pretendentes a exercerem a profissão escolhida se “esquecem” que ninguém nasce ensinado.
Apenas para dar mais um exemplo, toda a gente do meio sabe (ou deveria saber) que a criação de um roteiro de uma obra cinematográfica ou de uma novela é feita por uma equipa de pessoas, mas a autoria é sempre atribuída ao escritor principal.
Então, para mim, como "anónimo" que não percebe nada do assunto, faz-me alguma confusão o egoísmo que, na generalidade, os "artistas" demonstram, porque qualquer "filho" nunca é obra de uma pessoa só, não há “produções independentes”…
Quando um escritor conhecido publica um livro, há toda uma máquina que trabalha para ele, para que esse "filho" seja exposto nas vitrinas das livrarias, naturalmente se o conteúdo realmente valer a pena. Mas o que se passa com a esmagadora maioria dos escritores e poetas, é que são eles próprios que financiam as suas próprias obras, ficando ainda a Editora com uma parte substancial do valor cobrado aos leitores (entre 60 a 90 por cento do valor de capa da obra.
(Fim da parte 1 de 2)
Parte 2 de 2
ResponderEliminarÉ, por isso, que discordo da opinião dos que pretendem dar a entender que, aqueles que escrevem, são os únicos que produzem obra individual; Na verdade, todos os que produzem alguma coisa, produzem obra individual, é fruto do seu trabalho, seja a criar peças de cristal, a fabricar charutos, a pintar um quadro. A questão "MARCA", é outra coisa...
Em abono da verdade, reconheço que apenas uma minoria de escritores tem uma vaidade intrínseca, precisando de a demonstrar a terceiros, a qualquer preço e ganhar o seu aplauso (Há quem lhes chame emplastros…); Em outros casos, é apenas uma forma de tentárem superiorizar-se, algo que é uma reação típicamente animal.
Quanto à ÉTICA, essa é outra questão, que não tem a ver apenas com os escritores, e foi isso que eu pretendi salientar, quando referi que "eles" não estão preocupados em saber se, por exemplo, houve exploração de mão de obra infantil em alguma etapa da produção dos seus livros. Desde sempre houve usurpadores, gente que tenta apropriar-se de trabalho alheio, e divulgando-o como seu, na busca de fama e exposição mediática, idêntica ou maior àquela que é reservada merecidamente a pessoas talentosas (porque as há), e que não andam por todo o lado a vangloriar-se!
Finalmente, espero que compreenda que nem todos são tão "iluminados" quanto a sua convidada, e entendam como deverão publicar a sua opinião neste Blog, face às opções que são dadas na caixa "comentar como"... Na verdade foi, para mim, a opção mais simples, porque as outras encaminham para links que desconheço!
É com esta frontalidade me despeço por hoje. Aceite um abraço "anónimo"!
Adeus!!!
PS: Não me leve a mal, mas não gostei da "Censura Prévia" (Aprovação) a que todos os textos são submetidos, antes de serem publicados; É que me relembram tempos passados, e parece-me que estamos novamente a voltar a eles...
Em primeiro lugar, volto a agradecer a sua interacção neste debate, que se quer aberto, franco e saudável.
EliminarComeçando pelo reparo final relacionado com a aprovação dos comentários, sem me alongar muito porque me reservarei para um artigo a publicar aqui sobre o assunto, compreenderá certamente a ligitimidade que me assiste de manter este espaço (pelo qual sou responsável) dentro dos padrões de línguagem e contenção que são os meus. Chamem-lhe censura ou defesa de um direito que me assiste, tenho essa ferramenta ao meu dispor e sempre que necessário não hesitarei em utilizá-la. Por outro lado, creio que seria bem mais indelicado da minha parte se restringisse os comentários apenas a pessoas identificadas. O anonimato também é o direito que lhe assiste.
Em relação aos "ataques" e "contra-ataques", "vaidades" e "iluminismos" creio que se tratam de questões colaterais à temática central do texto, por mim pedido à autora e que, com ou sem fundamento, o lugar apropriado para elas, certamente, não é este blogue.
"Quem não se sente não é filho de boa gente" diz o velho adágio mas, embora seja filho de uma grande mulher, não alimento este género de "atritos" nem tomarei as dores de ninguém, mais por mais, porque considero estas questões menores e ridículas.
Volto a agradecer os reparos que fez relacionados com a ortografia e os seus comentários, apesar de achar que fogem um pouco ao tema central. Mas a pluralidade de opiniões é o que se quer neste blogue.
Emanuel Lomelino
EliminarCaro anónimo, parece que está a fugir do tema mais uma vez e quer passar à ofensa chamando-me artista, iluminada etc... Não vá por aí porque simplesmente não me afecta. Eu é que por algum motivo o pareço afectar mas tem bom remédio não acha? Aliás já disse "Adeus" algumas vezes mas volta. Eu coloquei questões e achei que o senhor fugiu do tema e estou no meu direito como o senhor está no direito de não concordar. Continuo a dizer que essa sua posição é muito confortável até porque lhe permite até ofender coisa que não faria se mostrásse o rosto e o nome. Acha correcto? Tem razão quanto aos Kilos no fundo copiando erradamente os Kg provenientes do inglês. Devemos escrever em português e quem escreve e edita mais obrigação tem de o fazer ocm a máxima correcção. Quanto ao resto como não estamos de acordo não penso ter mais a acrescentar.
Se quiser que lhe responda vai mesmo ter que "aparecer"! Passe um óptimo dia.
Caro Manú,
ResponderEliminarSó agora pude ler a sua resposta.
Sei que, como responsável deste Blog, tem todo o direito de fazer o que quiser, porque lhe é permitido; Mas permita-me realçar que, uma coisa é ter "permissão para", e outra coisa é "direito para" censurar.
Como sabe, desde que em Portugal se conquistou a tal de Liberdade, o direito ao anonimato foi LEGITIMADO pelo Povo Português e, é por isso que, quando há eleições, o voto é secreto. Respeito (mas não entendi) a necessidade de salientar que "O anonimato é o direito que lhe assiste"; É óbvio que é! E, sem dúvida, seria uma indelicadeza sua se não permitisse que anónimos participem no seu Blog, principalmente quando as opções dadas para a publicação das nossas opiniões não são, digamos assim, para publicação imediata, tendo que passar por outros "links"; Por isso louvo a sua sábia decisão.
Quanto às ditas "questões colaterais", durante as minhas várias idas a locais de conflito - Não, não foi a Genève (ou Genéva, em Português), infelizmente! - Em conversas entre colegas de profissão, discutiu-se o quanto elas (as questões colaterais) às vezes são muito mais importantes do que a preocupação com o assunto principal.
Por isso, e muito frontalmente, quero dizer-lhe que entendo que, se alguém contrata uma pessoa para lhe fazer o que quer que seja (imaginemos que seja um livro), ninguém tem nada com isso - Os Contratos existem, estão aí e são legais, e quando as partes acordam as contrapartidas, é problema delas. Aliás, se formos por aí, teriamos que questionar muita coisa, a começar nas famosas Sebentas, Dissertações, Teses de Doutoramento e Pós-Doutoramento apresentadas em muitas Universidades pelo mundo fora...
Parece-me que o texto publicado pela sua convidada tem mais a ver com Ética do que com Mérito e, pelos vistos, há quem aqui compartilhe da minha opinião!
Quanto ao resto, são apenas "faits divers"...
Adeus!
PS: Definição de ADEUS no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa:
adeus
interj.
1. Expressão de despedida.
s. m.
2. Despedida.
interj.
3. Expressão de enfado, recusa, etc.
Plural: adeuses.