sexta-feira, 12 de junho de 2020

DEZ PERGUNTAS MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL - MARIA JOÃO ABREU


Agradecemos à autora MARIA JOÃO ABREU pela disponibilidade em responder ao nosso questionário

1 - Qual a sua percepção para essa pandemia mundial?

A meu ver esta pandemia surgiu como uma lição para todo o mundo, a todos os níveis;  económico, politico, religioso..ou pelo menos deveria!
Principalmente para os países mais ricos, pois afinal esta “coisa de pandemia” não acontece só nos países menos ou sub-desenvolvidos.
Há que olhar futuramente em união, deixar de se pensar “para dentro”, e sim ajudar os que mais necessitam, pois todos somos iguais, independente de riquezas, raças, religiões...
Todos nós temos o mesmo destino, a morte. Então há que viver da melhor forma, dar mais amor, proporcionar alegria, ajudar quem precisa, tratar todos de igual para igual e valorizar que mais gostamos enquanto podemos.

2 - Enquanto autora, esse momento afetou o seu  processo produtivo? Em tempos de quarentena, está menos ou mais inspirada?

Não, como autora, a nível de inspiração, sinceramente não afectou, até porque “é na melancolia que escrevo a minha poesia”.
A nível produtivo também não vejo grandes alterações, optei por adiar o lançamento do meu primeiro livro, mas foi uma opção pessoal.

3 - Quando isso passar, qual a lição que ficou?

A meu ver, esta pandemia, é mais uma nova doença pandémica, como já tivemos no passado... a Peste Negra, a Lepra, a Sífilis, a Hepatite C, a Sida, entre outras.
É claro que perante situações novas, tiramos sempre novos ensinamentos. Mas acho que temos que nos adaptar de forma a podermos viver com isto, para voltarmos a fazer o nosso dia-a-dia normalmente.
A lição que espero que fique, não para mim, pois já sou assim por natureza, é que se comece a praticar mais o bem sem olhar a quem, ajudar mais o que necessita, deixar de lado hipocrisias, sentimentos de superioridade, e passarmos a ser mais humildes, mais humanos, mais amigos uns dos outros sem que haja segundas intenções. Mas sinceramente, tenho dúvidas que isso venha a acontecer no geral.

4 - Os movimentos de integração da mulher influenciam no seu cotidiano?

Não, de modo nenhum, sinto-me tratada de forma igual.

5 - Como você faz para divulgar os seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas suas ações?

Tenho participado em antologias, em colectâneas, e de vez em quando em rádio.
Tenho também uma página no facebook intitulada “Mulher Menina”, onde partilho poesia de minha autoria, e não só minha. Quanto ao retorno, não escrevo para ter retorno, escrevo apenas porque gosto, para exteriorizar emoções sentidas, de minha alma.

6 - Quais os pontos positivos e negativos do universo da escrita para a mulher?

Positivos definitivamente a mulher estar mais emancipada, escrever sobre todos os temas, mesmo temas mais ousados, sem qualquer receio.
Negativos, penso que ainda existe alguma descriminação em temas de amor mais ousados, por ser mulher.
Infelizmente ainda há que confunda a escrita da autora com a própria autora, se é que me faço entender.

7 - O que pretende alcançar enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.

A curo prazo, irei lançar em Junho de 2021 o meu primeiro Livro intitulado “Mulher Menina”. A longo prazo, o tempo o dirá...
Não tenho grandes pretensões neste mundo da escrita, como já referi. Escrevo porque gosto, e porque sinto necessidade de o fazer por mim.

8 - Quais os temas que gostaria que fossem discutidos nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?

Eu sou uma pessoa completamente aberta a todos os temas. Opiniões diversas sobre os mais diversos temas, abre-nos a mente, faz-nos sempre crescer e aprender.
Mas não nego que gostaria de ver em cima da mesa um tema tipo... “União na Poesia e na sua divulgação“, por exemplo.

9 - Sugira uma autora e um livro que lhe inspira ou influencia na escrita.

Não tenho autora especifica que me inspire em particular.

10 - Qual a pergunta que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?

Ui esta é complicada... Que não me fizessem uma pergunta destas? Kkk... fora de brincadeira, Talvez o que ganhei ou perdi em entrar neste novo “Mundo” da poesia?
Resposta: Muitas amizades, umas mais puras e genuínas que outras, cresci como “Mulher”, pois neste mundo não se pode ser tão “Menina” como eu era.
Tudo coisas boas!!

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