Agradecemos à autora MARIA JOÃO ABREU pela disponibilidade em responder ao nosso questionário
1 - Qual a sua
percepção para essa pandemia mundial?
A meu ver esta
pandemia surgiu como uma lição para todo o mundo, a todos os níveis;
económico, politico, religioso..ou pelo menos deveria!
Principalmente para os
países mais ricos, pois afinal esta “coisa de pandemia” não acontece só nos
países menos ou sub-desenvolvidos.
Há que olhar
futuramente em união, deixar de se pensar “para dentro”, e sim ajudar os que
mais necessitam, pois todos somos iguais, independente de riquezas, raças,
religiões...
Todos nós temos o
mesmo destino, a morte. Então há que viver da melhor forma, dar mais amor,
proporcionar alegria, ajudar quem precisa, tratar todos de igual para igual e
valorizar que mais gostamos enquanto podemos.
2 - Enquanto autora, esse
momento afetou o seu processo produtivo? Em tempos de quarentena, está
menos ou mais inspirada?
Não, como autora, a
nível de inspiração, sinceramente não afectou, até porque “é na melancolia que
escrevo a minha poesia”.
A nível produtivo
também não vejo grandes alterações, optei por adiar o lançamento do meu
primeiro livro, mas foi uma opção pessoal.
3 - Quando isso
passar, qual a lição que ficou?
A meu ver, esta
pandemia, é mais uma nova doença pandémica, como já tivemos no passado... a
Peste Negra, a Lepra, a Sífilis, a Hepatite C, a Sida, entre outras.
É claro que perante
situações novas, tiramos sempre novos ensinamentos. Mas acho que temos que nos
adaptar de forma a podermos viver com isto, para voltarmos a fazer o nosso
dia-a-dia normalmente.
A lição que espero que
fique, não para mim, pois já sou assim por natureza, é que se comece a praticar
mais o bem sem olhar a quem, ajudar mais o que necessita, deixar de lado
hipocrisias, sentimentos de superioridade, e passarmos a ser mais humildes, mais
humanos, mais amigos uns dos outros sem que haja segundas intenções. Mas
sinceramente, tenho dúvidas que isso venha a acontecer no geral.
4 - Os movimentos de
integração da mulher influenciam no seu cotidiano?
Não, de modo nenhum,
sinto-me tratada de forma igual.
5 - Como você faz para
divulgar os seus escritos ou a sua obra? Percebe retorno nas suas ações?
Tenho participado em
antologias, em colectâneas, e de vez em quando em rádio.
Tenho também uma página
no facebook intitulada “Mulher Menina”, onde partilho poesia de minha autoria,
e não só minha. Quanto ao retorno, não escrevo para ter retorno, escrevo apenas
porque gosto, para exteriorizar emoções sentidas, de minha alma.
6 - Quais os pontos
positivos e negativos do universo da escrita para a mulher?
Positivos
definitivamente a mulher estar mais emancipada, escrever sobre todos os temas,
mesmo temas mais ousados, sem qualquer receio.
Negativos, penso que
ainda existe alguma descriminação em temas de amor mais ousados, por ser
mulher.
Infelizmente ainda há
que confunda a escrita da autora com a própria autora, se é que me faço
entender.
7 - O que pretende
alcançar enquanto autora? Cite um projeto a curto prazo e um a longo prazo.
A curo prazo, irei
lançar em Junho de 2021 o meu primeiro Livro intitulado “Mulher Menina”. A
longo prazo, o tempo o dirá...
Não tenho grandes
pretensões neste mundo da escrita, como já referi. Escrevo porque gosto, e
porque sinto necessidade de o fazer por mim.
8 - Quais os temas que
gostaria que fossem discutidos nos Encontros Mulherio das Letras em Portugal?
Eu sou uma pessoa
completamente aberta a todos os temas. Opiniões diversas sobre os mais diversos
temas, abre-nos a mente, faz-nos sempre crescer e aprender.
Mas não nego que
gostaria de ver em cima da mesa um tema tipo... “União na Poesia e na sua
divulgação“, por exemplo.
9 - Sugira uma autora
e um livro que lhe inspira ou influencia na escrita.
Não tenho autora
especifica que me inspire em particular.
10 - Qual a pergunta
que gostaria que lhe fizessem? E como responderia?
Ui esta é
complicada... Que não me fizessem uma pergunta destas? Kkk... fora de
brincadeira, Talvez o que ganhei ou perdi em entrar neste novo “Mundo” da
poesia?
Resposta: Muitas amizades,
umas mais puras e genuínas que outras, cresci como “Mulher”, pois neste mundo
não se pode ser tão “Menina” como eu era.
Tudo coisas boas!!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Toca a falar disso