Prezado Jorge,
Houvesse justiça divina – ou genérico – estaríamos agora a celebrar a unificação linguística lusófona, tal como foi possível partilhar autores maiores, em vez de nos deixarmos aprisionar pela amputação das regras básicas da fonética, como quem se resigna ao autofagismo.
Mas como apenas nos outorgaram legitimidade para expressarmos desacordo – porque todas as outras legitimidades foram-nos vedadas – restou-nos a possibilidade de manifestar o nosso posicionamento através da não aplicação das normativas impostas.
O mais chocante em todo este processo foi o alheamento, quase total, da comunidade literária, como se a uniformidade linguística não os afectasse directamente.
Infelizmente, os autores maiores – conhecedores da real importância da diversidade linguística - já se foram e, com vocês, também a força argumentativa que nos faltou.
Inconformadamente,
Emanuel Lomelino
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