Diário do absurdo e aleatório
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Encerra-se um ano de palavras exercitadas na mais completa aleatoriedade, em que, mesmo não parecendo ou nem sendo por inteiro, o lado absurdo deste ofício da escrita foi imagem de marca e objecto de criação prática avulsa.
As páginas deste Diário do Absurdo e Aleatório, preenchidas sem qualquer pretensão literária (pelo menos não lhes reconheço esse mérito), foram uma fase de aprendizagem continuada que chegou ao fim sem que se tenha esgotado o propósito.
Treinar a escrita sempre foi, e será, a melhor forma de evolução e os desafios de cada texto, aliados à disciplina férrea autoimposta, permitem deambular por mundos de experimentalismo e descobrir as especificidades de cada fórmula, de cada conceito, de cada abordagem, e identificar quais os caminhos que melhor de adequam à voz literária.
Outros exercícios, tão ou mais absurdos e aleatórios, mas com o mesmo propósito, já estão em pré-agendamento porque, enquanto autor, quero que os leitores conheçam todo o processo criativo – não só o acervo editado.
Assim, os textos deste Diário do Absurdo e Aleatório, tal como os próximos, devem ser entendidos, apenas e só, como exercícios que servem para que possa treinar e aferir o estado evolutivo da minha escrita e cujos resultados, positivos e negativos, sirvam para que as minhas criações editáveis sejam mais bem buriladas.
EMANUEL LOMELINO
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