17-01-2024
Sou acérrimo apologista da liberdade de expressão e defendo que esta prerrogativa é universal, inviolável e ninguém pode ser impedido de a exercer.
Posto isto, mesmo não concordando com as causas patrocinadoras de algumas manifestações, que têm acontecido nos últimos tempos, não posso opor-me ao direito que assiste aos que nelas se reveem. E condeno todas as acções que violem esse direito.
Posso, sim, exteriorizar a minha preocupação pelo radicalismo que grande parte dos manifestantes demonstra, principalmente, ao reagir com fúria e, até, violência, contra quem tem opiniões distintas ou opostas.
Esse comportamento condenável só pode ter origem em uma de duas motivações – impor uma convicção, ou elitizar os direitos.
Seja qual for o propósito, ambos são completamente antagónicos à mesma liberdade que tem permitido a existência de manifestações, que não podem ser déspotas.
EMANUEL LOMELINO
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