terça-feira, 13 de junho de 2023

Pela escrita é que vamos (excerto) - ALEXANDRA FERREIRA

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O sono tardava em chegar e ela dava voltas na cama a pensar no percurso que a tinha levado até ali.
Sempre gostara de escrever. Na escola primária, a professora lia as suas redações como bons exemplos para os colegas. No 1.º Ciclo, escrevera um diário da turma para oferecer à professora de Português. Também fazia as suas confissões nos diários, que escondia atrás das gavetas do roupeiro, temendo que os pais pudessem ler os seus amores e desamores. No 3.º Ciclo, aventurara-se no conto, mas acabara por abandonar a escrita e nunca mais pensara no assunto.
Anos mais tarde, numa formação de coaching, a paixão ressurgiu. Escrevia para se conhecer, para dar forma aos sonhos, para se incentivar. Atreveu-se a publicar os seus escritos nas redes sociais. Para seu espanto, foi bem acolhida pelo público feminino que parecia aguardar as suas publicações matinais para começar bem o dia. Nos meses seguintes, os gostos, os comentários, as partilhas de experiências aumentaram e deram-lhe confiança para continuar.

EM - EXPRESSÃO - COLETÂNEA - IN-FINITA

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